quarta-feira, 31 de agosto de 2011

URA baixa ainda mais e deixa divinopolitanos assustados

Aconselhável pelo Ministério da Saúde é de 60%, mas tendência é que esse índice seja atingido apenas na quinta-feira

Jessica Riegg

Uma forte massa de ar seco está paralisada por toda a região Sudeste, reduzindo a Umidade Relativa do Ar – URA – e aumentando as temperaturas. Esse clima seco vem trazendo sérios prejuízos à população que já possui problemas respiratórios. A previsão é de que amanhã esse índice tenha uma significativa melhora, sem ainda atingir o preconizado pelo Ministério da Saúde – MS.
De acordo com o metereologista, Claudemir de Azevedo, a umidade baixou no último fim de semana, chegando a 25% e aos 31ºC e deixando o tempo estável em toda a região. A probabilidade é que a partir de amanhã a umidade aumente, chegando a 50% na parte da tarde, 80% na parte da manhã e reduzindo novamente as temperaturas.
- Há uma frente fria chegando no Rio de Janeiro que deve auxiliar nesse clima e aumentar a umidade relativa – explicou Claudemir.
Segundo o metereologista, essa diferença de URA se deve ao fato de que a noite a temperatura é mais baixa e favorece assim uma umidade mais alta.

Vinicius Luz


Saúde

A população se preocupa cada vez mais com esse baixo índice de umidade. Um exemplo é a dona de casa Clarice Ribeiro, que tem quatro filhos, sendo dois menores de cinco anos. Ele não sabe mais o que fazer para que os pequenos não peguem mais tantas doenças comuns desta época do ano, como resfriados e gripes e voltarem a apresentar sintomas da sinusite.
De acordo com o otorrinolaringologista, Rodolfo Ribeiro, essas implicações acontecem em decorrência do ressecamento da via aérea superior, prejudicando o nariz e a garganta. Esse ressecamento provoca desconfortos, dores, pigarros e tosses.
- Esse clima seco predispõe o corpo humano a doenças como sinusite, rinite, faringite e tosses crônicas – explicou Rodolfo.
Para reduzir os problemas causados pelo clima, o otorrino recomenda pequenas coisas que podem ser feitas: aplicação de soro fisiológico com seringa ou conta-gotas que umidifica e lava as vias aéreas; inalação de vapor; maior ingestão de água para garantir que o corpo não fique desidratado. Rodolfo lembra que apesar de não estar muito quente é essencial que os adultos tomem pelo menos um litro e meio de água diariamente, o que dá cerca de 10 copos.
- Para as crianças, o mais correto é observar a coloração da urina. Se estiver escura, ela precisa consumir mais líquido. Essa observação serve também para os adultos – frisou.
Para ajudar no processo, é possível também colocar uma bacia com água dentro, de preferência quente, para que o ambiente seja umidificado. Através dessas simples dicas é possível reduzir os impactos deste clima seco.

DDT vai para a semifinal do Triângulo Music

Banda tem a oportunidade de tocar ao lado de grandes nomes do rock do país como CPM22 e Capital Inicial

Jessica Riegg

O Dias de Truta passou para uma das etapas finais do Triângulo Music. A banda divinopolitana concorreu com mais de 120 grupos na primeira etapa com a música Fluoxetina e passou para a segunda etapa com mais 19 bandas. Eles se apresentaram em Uberlândia e foram classificados, juntamente com “Audioativos e Skyhell”.
Agora quem decide quem vai mesmo para final é o público que pode votar no site oficial do festival. No dia 11, em Uberlândia, as duas melhores bandas serão classificadas e quem for melhor, toca no Triângulo Music, ao lado de grandes nomes da música brasileira como CPM22 e Capital Inicial.
- No ano passado tentamos entrar no festival, mas não passamos nem da primeira fase. Agora vamos torcer para conquistar nosso lugar e tocar nesse festival – afirmou o vocal, Eduardo Oliveira Amaral, mais conhecido como Dudu.
O vocalista pede agora ajuda dos maiores fãs do grupo: os divinopolitanos que já têm a banda como parte da cidade. Essa solicitação já vem sendo feita através das redes sociais que tem mais de 20 mil fãs.
- Como a votação é pela internet, fazemos esse pedido também pela internet. Esperamos agora realizar esse sonho, até como forma de agradecer aos nossos fãs – frisou Dudu.
Para o cantor é importante ir ao festival para que as músicas do DDT fiquem mais conhecidas e principalmente para que o nome da cidade seja levado ao cenário nacional da música. Ele classificou esse grupo como fechado e por isso acredita que essa será a oportunidade ideal para conquistar o objetivo de crescer ainda mais.
- É engraçado porque durante a etapa de classificação ninguém apostou na gente, afinal, estávamos brincando e nos divertindo enquanto que as outras bandas estavam sérias e concentradas – revelou Dudu, que exprimiu bem o pensamento da banda: divertir e levar esse amor pela música para os palcos. Talvez seja por toda essa descontração e brincadeiras que a banda tem crescido e se renovado a cada dia.



Histórico

O Dias de Truta foi criado em 2006 e desde então encanta os jovens da cidade. Formado essencialmente de rock, as músicas falam de amor e coisas rotineiras da vida dos componentes. O terceiro e último cd foi lançado no mês de abril aqui em Divinópolis.
A banda é composta pelo vocalista Eduardo Oliveira Amaral, mais conhecido como Dudu; Thales Maia Torres; Wheberton Caldeira, ou cabeludo; Matheus Tomate e Renan Caracol.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Bairro Santa Lúcia se transformou no último domingo

Bairro Santa Lúcia se transformou no último domingo

Sorrisos espalharam-se pelos rostos de crianças e adultos que receberam carinho, atenção e serviços sociais

Jessica Riegg

O bairro Santa Lúcia foi invadido neste domingo por dezenas de voluntários que queriam ajudar. Eles ofereceram serviços sociais, serviços de saúde, diversão, alegria e informação a quem até confessa que é carente. As ações duraram todo o período da manhã e encantaram quem passou pelo local.
O pedreiro, Edson Geraldo Rodrigues, disse que é muito bom ter um local para cortar o cabelo gratuitamente no fim de semana, quando o tempo é bem maior. Mas para ele a maior vantagem de receber o dia V no bairro foi aferir a pressão e receber dicas de um dentista, para saber se a saúde anda em dia.
- Fiz um teste de glicose e agora sei que posso ficar tranqüilo. Devia ter esse tipo de coisa aqui sempre – observou.
A dona de casa, Lusdelma Martins Lopes, aprovou principalmente a iniciativa de levar a Unidade de Atendimento Integrada - UAI para fazer documentos, já que é ruim sair do bairro apenas para fazer um documento.
- Assim pertinho de casa fica muito mais fácil, porque não tem como mais enrolar – observou a moça que aproveitou todos os serviços disponibilizados.
Outro serviço que chamou a atenção dos presentes foi a apresentação do Canil da Polícia Militar – PM. Foram trazidos dois cães que demonstraram o trabalho exercido em prol da população, como procura de drogas e ataque à suspeitos. Os olhares ficaram atentos à atuação dos animais e a roda só se desfez depois que o carro com os animais já estava longe.
Todas as parcerias deste dia (UAI, IPSEMG, Hospital São João de Deus e Faculdade Unifenas) foram reunidas através do Lions Clube Divinópolis Candidés que participa há mais de dez anos do Dia do Voluntariado organizado pela Fiemg. De acordo com o presidente, João Paulo Lima, o bairro foi escolhido porque os integrantes já têm amizade com os moradores.
- Temos aqui o programa do Sopão, em que distribuímos mensalmente 500 litros de sopa gratuitamente à população. Então conversamos muito com todos, damos carinho, atenção e já criamos uma certa amizade – enfatizou.

Crianças

Quem gostou mesmo do Dia V foram as crianças do bairro Santa Lúcia que não queriam ir embora. Os membros do LEO Clube Divinópolis Candidés, responsáveis em animá-las, tiveram dificuldades em desmontar a cama elástica, já que o sorriso com essa simples brincadeira era contagiante e o pedido de ficar mais um pouquinho foi mais forte do que o horário.
Depois de se divertirem e pularem bastante, os pequenos receberam cachorro-quente, balas e pirulitos e foram levados à um imóvel onde brincaram de roda e ganharam brinquedos novinhos.
- Eu não queria que eles fossem embora, porque ta tão bom – confessou uma das crianças. No final, a única coisa que eles pediram foi para que eles voltassem com novas brincadeiras.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

“Ouça Melhor”

Câmara recolhe aparelhos de surdez para doar para quem está na fila do Sus que demora até um ano

Jessica Riegg

A Comunicação Especial da Câmara Municipal dos Vereadores está recolhendo aparelhos de surdez antigos ou fora de uso para doar a quem precisa. Além disso, distribuem panfletos para orientar sobre a importância de cuidar melhor da saúde auricular, isso porque o Brasil é um dos países campeões na freqüência de perda auditiva. Aproximadamente 20% da população brasileira apresenta zumbido, fortes dores de cabeça, insônia e dificuldade de atendimento das palavras; sintomas estes de perda auditiva.
De acordo com a coordenadora da comunicação especial da Câmara, Andreia Martins, o objetivo da campanha é alertar os divinopolitanos para que cuidem melhor da saúde auricular para que os casos de surdez sejam menores. Isso está sendo feito através da distribuição de panfletos que orientam a população. Além disso, a equipe está recolhendo aparelhos de audição antigos ou fora de uso que serão doados para as pessoas que estão na fila do Sistema Único de Saúde – Sus.
- Já recolhemos três aparelhos até o momento que foram revisados e adaptados à necessidade do paciente – explicou Andreia.

Cuidados

De acordo com o otorrinolaringologista, Rodolfo Elias Martins Ribeiro, as doenças de ouvido podem ser classificadas em duas classes: otites (infecções) e relacionadas a perda auditiva. A segunda é a mais comum e está relacionada à idade. A medida que o ser humano fica mais velho, a tendência é que haja perda auditiva.
- Perto dos 60 anos o paciente já tem normalmente uma perda auditiva considerada leve, mas muitos têm essa perda acelerada e aí precisam usar aparelhos – observou. Há também as doenças que são diagnosticadas ainda na infância e que são herdadas, ou adquiridas em algum momento do parto ou pós parto. Por esse motivo é tão importante o Teste da Orelhinha.
Para prevenir basta seguir alguns cuidados recomendados pelo otorrino como evitar o uso de fones de ouvido com alta intensidade, evitar de se expor a barulhos altos e sempre usar protetores em caso de ambientes de trabalho onde é alta a exposição ao ruído. Já os problemas auriculares relacionadas à idade não há como prevenir já que é uma tendência natural da vida.
Além disso, afirmou Rodolfo, é imprescindível que em casos de infecção, dor ou escorrimento de alguma secreção do ouvido, um médico seja logo procurado para que o diagnóstico seja precoce.
- O paciente deve também procurar um especialista quando começar a sentir que está perdendo a audição, não entendendo bem as palavras ou escutando um zumbido. Isso para evitar que o problema piore – finalizou.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Teatro

“Cuidado, o diabo também faz milagre” será apresentado em Divinópolis para arrecadar fundos para o Dia das Crianças

Jessica Riegg

Os Doutores Palhaços de Divinópolis completam em outubro doze anos de carinho, amor e alegria. Para comemorar, os integrantes desejam fazer um dia das crianças especial, tanto em hospitais, quanto no bairro São Judas Tadeu no dia 12 de outubro. Para isso, trouxeram de Belo Horizonte a peça “Cuidado, o diabo também faz milagre”, que reverterá parte da renda da bilheteria para o grupo.
A peça será apresentada no sábado (27) às 20h e no domingo (28) às 19h e os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente na Boutique do Livro à R$30. Parte da renda será usada pelos Doutores para comprar brinquedos e distribuí-los nos cinco hospitais da cidade e no Pronto Socorro no dia 12 de outubro.
“O diabo também faz milagre” conta um causo mineiro, em que Tonho acaba vendendo toda sua plantação de milho para o diabo. Ele gasta o dinheiro recebido, mas este acaba sempre voltando para a sua casa. Os vizinhos se interessam pelo dinheiro e é aí que muitas confusões regadas à simplicidade, brejeirice e desconfiança acontecem. O autor do texto, Mauro Alvim, brinca com os valores e costumes do povo mineiro que vive às margens do rio São Francisco. Tudo isso produzido por Pádua Teixeira, Mazarelo Teixeira; com o elenco Cidah Viana, João Bosco Alves, Raimundo Farinelli, Breno Gagliard, Breno de Moura e Daniel Rodrigues. O cenário e o figurino foram produzidos por Dilson Mayron, a cenotécnica por Clóvis Salgado, a trilha sonora por Eduardo Mendes, a iluminação por Luis Henrique Moura, o projeto gráfico por Márcio Miranda, a fotografia de Nello Aun, o som por Fred Coelho e a assessoria de imprensa por Cidah Viana.
- Distribuímos todos os brinquedos que arrecadamos nos hospitais, e esse número já chegou a três mil em anos anteriores. Comemoramos nosso aniversário trabalhando e fazendo as crianças que estão doentes mais felizes – explicou Cidah. Atualmente, cerca de 15 pessoas trabalham como Doutores Palhaços, e novos 30 se formarão neste ano.
Para ajudar neste dia, ou em qualquer outra ação dos Doutores, basta assistir à peça ou fazer doações de brinquedos no Hospital São João de Deus.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O próximo

Peço licença a uma das maiores escritoras desse país para reproduzir um texto excelente que ela escreveu. Parabéns Thalita Rebouças!

Dizem que brasileiro não pode ver uma fila que entra, mesmo sem saber o motivo. Pode ser uma fila para ganhar guardanapos usados por subcelebridades ou para provar pastel de goiabada com quiabo, não importa.

Claro que é um exagero, uma piada. Não acredito que alguém consiga gostar de filas. Ok, confesso que quando eu tinha meus 19 anos fiquei em muitas para entrar em bares e boates e cheguei até a me divertir nelas. Qual o espanto? Eu tinha 19 anos. Mas o tempo passou e os tais 19 anos não estão mais no corpitcho dessa que vos escreve, assim como a paciência, que me abandona mais e mais a cada ano. Fila, eu prometi a mim mesma, só quando for inevitável.

Naquele longínquo tempo em que a humanidade não tinha internet, todo mundo precisava entrar em filas: no banco para pagar as contas, no supermercado para passar as compras, no cinema e no teatro para comprar os ingressos. Hoje eu faço tudo isso pelo computador, no conforto de casa. Ufa!

Se chego a um restaurante e dou de cara com uma fila, parto na hora para outro. Filas maltratam o meu bom humor. Mas algumas pessoas lidam com as filas de forma diferente. Furam. Vira e mexe a gente lê no jornal que um famoso furou a fila de um restaurante ou do embarque no aeroporto pelo simples fato de ser… famoso. Ah, faça-me o favor! Eu não entendo. Pra mim é tão incompreensível quanto uma pessoa que passeia com seu cachorro e não recolhe a caca que ele deixa pelo caminho. Mas existem outros casos de desrespeito ainda piores.

Minha cunhada outro dia foi renovar o passaporte e viu uma senhorinha, andando com dificuldade, chegar de muletas à Polícia Federal. Por conta do seu estado foi prontamente atendida. Essa história seria absolutamente normal não fosse seu fim deplorável: assim que a senhorinha saiu da Policia Federal devolveu as muletas ao marido, que esperava do lado de fora, com um pé engessado. Ela foi embora com um sorriso vitorioso no rosto. E pensar que não era exatamente uma fila. As pessoas estavam todas esperando… sentadas.

Há alguns anos eu lido de perto com filas por um outro angulo. As filas de autógrafos. Para mim, claro, essas filas são especiais, tenho muito orgulho delas. Para quem está lá elas certamente são chatas, mas formar fila é a única maneira civilizada de dar a devida atenção a um grande número de leitores. E é tão bacana saber que, mesmo sendo cansativo e maçante passar horas de pé, tanta gente se dispõe a isso com um único objetivo: falar um pouco comigo, tirar uma foto, ganhar um beijo e um autógrafo. É gratificante. Emocionante.

Mas ver a fila do lado de cá às vezes também pode ser doloroso. Como na última Bienal do Rio, em 2009, quando uma senhora se aproximou dizendo que era cardíaca recém-operada e estava muito cansada, não tinha onde sentar, e perguntou se eu não podia autografar só o exemplar de sua neta. Pedi permissão aos primeiros da fila para atendê-la e todos foram gentis e compreensivos. Quando ela me virou as costas, quatro adolescentes risonhos se aproximaram correndo e meu marido ouviu a “cardíaca” dizer pra eles:

⎯ Aprenderam? Fila é pra otário. É assim que se faz.

Fiquei pasma. E com muita raiva.

No dia seguinte foi ainda pior: uma adolescente simplesmente fingiu ser cega para não enfrentar a fila. Na hora que autografei seu livro, achei que por trás dos óculos escuros ela havia lido o que eu escrevi. “Imagina, ninguém seria capaz de fazer uma coisa dessas, é só impressão”, pensei.

Algumas horas mais tarde, já indo embora do Riocentro, vi a menina sentada num banco lendo o meu livro na maior concentração. Não resisti e me aproximei.

⎯ E aí? Tá gostando?

Ela ficou paralisada, roxa, não conseguiu emitir uma só palavra. Fiquei com tanta vergonha alheia e com um incômodo tão forte no peito que não disse mais nada, achei melhor seguir meu caminho.

No dia seguinte veio a redenção: um funcionário do estande da Rocco perguntou a uma verdadeira deficiente visual se ela gostaria de sair da fila para ser atendida com prioridade.

⎯ Não, obrigada. Eu não enxergo, mas tenho duas pernas, dois braços e muita saúde. Faço questão de ficar aqui como todo mundo e não passar a frente de ninguém. Além do mais, estou batendo papo com minhas novas amigas ⎯ respondeu ela, com um sorriso no rosto. Pena que a falsa cega não estava lá para ouvir.

No último dia da Bienal, uma cadeirante de seus 14 anos também recusou a proposta de ser atendida antes de todos com uma frase que até hoje ecoa na minha memória:
⎯ Imagina! Sou como todas as outras pessoas da fila! E ainda tenho a vantagem de estar sentada! ⎯ disse, gaiata, os olhinhos brilhando.

Filas podem revelar o verdadeiro caráter das pessoas e isso às vezes me assusta ⎯ outras vezes me encanta. Ed Motta cantou que o mundo é fabuloso, o ser humano é que não é legal. Eu, que adoro o Ed Motta mas sou fã do ser humano, prefiro acreditar que ele estava falando de uma minoria.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pilates vira moda e atrai sedentários

Exercício movimenta todos os músculos do corpo e ainda auxilia na respiração

Jessica Riegg

O pilates virou moda e atrai a cada dia mais adeptos ao exercício que reeduca movimentos e proporciona um aumento da força muscular. Serve também para melhorar a respiração, corrigir a postura e prevenir lesões. Pode ser praticado por pessoas de qualquer idade e usa principalmente o peso do próprio corpo para a execução das atividades.
Nos clubes, por exemplo, a sala de pilates fica sempre cheia de adolescentes, adultos e idosos que desejam de exercitar e de quebra deixar os músculos bonitos e torneados. Este foi o caso da analista de sistemas, Rafaela Morato, que pratica os exercícios há dez anos e possui o corpo que sempre sonhou.
- Quem olha de fora acha que é muito simples, que é bem fácil fazer porque os movimentos são leves e lentos, mas ele puxa muito e no começo você sente todos os músculos doloridos – afirmou Rafaela.
Ela começou a fazer o pilates assim que a novidade chegou à capital mineira e se assusta com a quantidade de alunos que a academia agora possui. Quem está atento à essa “modinha” é o educador físico e professor, Marcelo de Oliveira Silva.
- O pilates estourou porque muitos artistas passaram a praticá-lo e muitas pessoas gostaram da ideia e quiseram fazer também. Muitos colegas sentem medo de os exercícios serem modificados porque temos mais adeptos, mas como temos uma literatura ampla nesse segmento, podemos ficar tranqüilos – observou.
Marcelo lembrou que não há perigo de realizar os exercícios de forma incorreta quando se tem o acompanhamento de um educador físico.

Praticantes

O professor afirmou que qualquer pessoa pode praticar o pilates desde que tenha concentração e é justamente por esse motivo que ele indica a atividade para adolescentes a partir de 14 anos. Segundo ele, antes disso, os movimentos não são atrativos.
Mas não há idade limite para essa prática e quem assina em baixo dessa afirmação é Conceição Cândida da Silva, de 80 anos, que pratica o Pilates há um ano e meio. Ela contou que antigamente tinha muitas cãibras e que agora não as sente mais.
- Eu moro no bairro Sidil e tinha preguiça de vir ao Estrela do Oeste Clube, que fica no centro, para qualquer coisa. Hoje vou até sorrindo – brinca Conceição.
A prática deixou os quatro netos mais tranqüilos, porque a avó deixou de ser sedentária e agora se sente até mais forte para andar e cuidar da família.
- A atividade proporciona maior flexibilidade, coordenação motora, postura e fortalece a musculatura em geral, trabalha o corpo como um todo – observou o professor.
Quem tem dores na coluna também pode fazer o Pilates já que ele ajuda a fortalecer os músculos das costas. Portanto, até ajuda a dar base para a coluna e mantê-la nas posições corretas, evitando assim dores.

História

O pilates foi elaborado em pelo alemão Joseph Pilates e teve diversas influências como yoga, budismo, artes marciais e exercícios praticados pelos antigos gregos e romanos. Pensando no princípio de “mente sã e corpo são”, Joseph criou uma atividade física baseada em seis princípios básicos: respiração, concentração, controle, alinhamento, centralização e integração de movimentos. Qualidade de vida, consciência corporal, respeito e integração plena corpo-mente são o foco desse método.
Pilates também inventou muitas máquinas para fazer exercícios. Na criação dos aparelhos ele aproveitava partes dos amortecedores dos carros alemães durante a 1ª Guerra Mundial.

Recapeamento da Getúlio Vargas causa grandes transtornos

Comerciantes reclamam de falta de estacionamento e garantem que movimento caiu cerca de 20%

Jessica Riegg

Homens trabalham apressadamente na Avenida Getúlio Vargas enquanto dezenas de veículos passam tentando desviar de pessoas, máquinas pesadas e asfalto. Toda essa pressa é para garantir que as obras de recapeamento da Avenida Getúlio Vargas terminem logo e o trânsito seja liberado devolvendo comodidade e agilidade à população que passa diariamente pelo local.
O engenheiro José Carlos Rocha, por exemplo, demorou cerca de cinco minutos para passar em um trecho em que normalmente demoraria um minuto. Por já saber antecipadamente da obra, não se importou com a confusão no trânsito.
Já o motorista, Paulo Matoli, gostaria que o recapeamento fosse feito na parte da noite para não atrapalhar quem tem pressa e precisa passar por esta que é uma das avenidas mais movimentadas da cidade. Segundo ele, dessa maneira menos pessoas seriam afetadas pelos transtornos.
O gerente da GW Pneus, Alisson Almeida Sousa, é da mesma opinião e afirma que o movimento caiu cerca de 20% ontem por causa dos reparos na pista. Isso aconteceu porque a principal entrada e saída de veículos da loja ficou totalmente interrompida e não havia possibilidade de estacionamento próximo ao local.
- Causa um transtorno grande pra gente porque o fluxo de veículos aqui é alto. Nossos clientes desanimam de entrar na loja porque não há lugar para parar – afirmou o gerente.
O proprietário da Paladar Frutos do Mar, Ancelmo Santos, disse que não há como não prejudicar o comércio durante o recapeamento porque a maioria dos seus clientes vem de carro comprar os produtos. Como a parada e o estacionamento estão proibidos, o movimento tende a cair bastante.
- Acho que isso deveria ser feita durante a madrugada, quando o movimento é bem menor – enfatiza Ancelmo.
Apesar de todos os problemas, motoristas e empresários não cansam de afirmar o quanto essa intervenção será benéfica para os motoristas que precisavam desviar dos buracos na via. Além disso, como lembrou Alisson, os carros que passam diariamente pela avenida terão um desgaste menor e precisarão de menos reparos.

Obras

De acordo com o superintendente da Usina de Projetos, Lúcio Espíndola, o horário foi escolhido de forma a evitar incômodo aos moradores da região que reclamaram do grande barulho durante a primeira etapa das obras.
Outra escolha para beneficiar os moradores da cidade, foi começar as obras às 6h e terminar sempre antes do horário de pico, que começa às 17h30min, afirmou o secretário municipal de trânsito e transporte, Júlio Valério.
- Para evitar qualquer incômodo nossa equipe está dando o apoio no local e garantindo a segurança de todos os divinopolitanos – garantiu.
A previsão é que em três dias as obras sejam concluídas.

sábado, 20 de agosto de 2011

Superlotação na Floramar tem diversas causas

Um juiz que atende por duas varas e o aumento de casos de condenações por tráfico de drogas são alguns dos motivos

Jessica Riegg

A equipe do JORNAL AGORA divulgou no jornal de ontem, edição 10.523, a denúncia da equipe de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Vereadores de “superlotação” no Presídio Floramar. Onde há capacidade para 238 detentos, 465 se espremem nas celas. Além disso, os presidiários reclamaram de morosidade nos processos judiciais e culparam os defensores públicos de não cumprirem efetivamente o papel que lhes foi imposto.
A Defensoria Pública, em contrapartida, afirmou que todos os trâmites judiciais estão sendo executados de forma normal, mas esbarram na quantidade de processos que chegam à mesa do juiz de execução criminal. Porém, não é isso que afirma a justiça, para os representantes dela, os atrasos se devem às modificações nos crimes praticados, já que a maioria corresponde a tráfico de drogas, e a pena para ele é maior e a progressão precisa ser requerida somente depois que o condenado cumpre 2/5 da pena, enquanto que para as “penas brandas”, basta cumprir 1/6.

Morosidade judicial

A coordenadora geral e local da Defensoria Pública, Rita Fernandes, afirma que os defensores públicos atuam da forma correta e sempre executam os pedidos conforme manda a lei. Assim que o preso provisório é autuado em flagrante, o setor recebe uma cópia do auto de prisão que é remetida imediatamente a um dos três defensores das varas criminais. Imediatamente, é enviada uma correspondência para o endereço da família e para o presídio solicitando os documentos necessários para entrar com pedido de liberdade provisória.
- É necessário que a família nos envie os documentos para conseguirmos fazer o pedido, mas é exatamente nessa etapa que o processo pára, porque a família demora e por isso não conseguimos pedir a liberdade provisória – explicou Rita.
Já para o condenado há um defensor que trabalha exclusivamente com execução penal, atendendo cerca de 175 presidiários. Rita afirmou que como dentro dos presídios há três Assistentes Técnicos Jurídicos, apenas um defensor é mais do que suficiente para realizar esse tipo de atendimento.
- Foi feita uma divisão e em Divinópolis não falta defensor na área criminal, afinal são três varas e três defensores. Tem uma vara de execução, tem um defensor – observou.
Para a coordenadora e para o defensor da execução, Pablo Alfonso Cano, o que falta para reduzir a morosidade dos processos é a cidade ter um juiz exclusivo para atender a Vara de Execuções Criminais. Isso porque o juiz atual atende também a Vara da Infância e Juventude.
- Os pleitos andariam num tempo mais razoável e, portanto os direitos dos presos seriam atendidos com mais rapidez. Atualmente, o juiz se divide entre duas atividades muito penosas e por isso nossos pedidos chegam no Fórum mas muitas vezes demoram mais que o esperado – lembrou.
Além disso, o promotor de execução criminal também pode requerer os pedidos de regime aberto, de soltura, entre outras atividades de um defensor.
- Eu fiscalizo o presídio e sua legalidade e atualmente a Floramar está legal. O que causa esse enchimento são os crimes relacionados à droga – acrescentou o promotor do município, Lindolfo Barbosa Lima.

Tráfico de drogas

Para o juiz da Vara de Execução Penal, Francisco de Assis Correa, que atende atualmente 5.300 processos, uma divisão de varas e mais um juiz tornaria o processo mais ágil. Mas, ele acredita que o maior problema é o aumento do tráfico de drogas porque o regime penitenciário é mais rigoroso, lotando presídios, como o da Floramar.
- Então o tempo para obter algum benefício é mais longo. Enquanto num regime comum exige-se 1/6 de cumprimento da pena para pedido de progressão, exige-se 2/5 ou 3/5 para crimes hediondos, como tráfico – frisou Francisco. Apesar disso, o juiz lembrou que em 2009 o local abrigava cerca de 520 presos, portanto, acredita que atualmente o local está mais cômodo.
Francisco lembra ainda que não é o juiz quem determina onde o condenado cumprirá pena e sim quanto tempo, quem decide é a Secretaria de Defesa Social.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Prato da Casa 2011

Evento reuniu cerca de dez mil pessoas que experimentaram as dez comidas de boteco

Jessica Riegg

A grande final do Prato da Casa 2011 aconteceu no último final de semana e reuniu cerca de dez mil pessoas durante todo o sábado. Tantas pessoas causaram o “congestionamento” dos banheiros químicos, que foram poucos para o grande público, o maior desde a primeira edição. O grande campeão da noite foi o bar Saudosa Maloca, com o Jilogrete Especial.
Foram consumidas durante o encontro gastronômico cerca de 9.600 latinhas de cerveja e servidas cerca de 300 porções por bar, totalizando três mil porções.
- Foi o maior público desde a primeira edição e para o ano que vem estamos até pensando em fazer em algum local que caiba todos esses apreciadores da boa comida – adiantou o organizador, Gustavo Bicalho.
Para o ano que vem Gustavo promete também aumentar a quantidade de banheiros químicos, já que muitas pessoas reclamaram do fato de o evento ter apenas 15. Segundo ele, um número cômodo beiraria os 50, mas isso traria um alto custo para o evento gastronômico.
- No ano que vem todos os pratos terão que fazer alguma referência ao Centenário de Divinópolis e o Prato da Casa será realizado em junho. Queremos modificar outras coisas, mas ainda não decidimos exatamente o que – frisou Bicalho.

Vencedores

Neste ano os vencedores foram bem diversificados e trouxeram grandes novidades. O primeiro lugar ficou com o Saudosa Maloca, com o diferente Jilogrete Especial. Ele possui um pouco de jiló, pedacinhos de tomate e carne e um molho que Pedro Henrique Rios, o proprietário, não conta por nada. Além disso, para acompanhar, um pastel frito na hora incrementa o prato que não deixou a desejar e nem estranhou os divinopolitanos.
- O pessoal aprovou o prato que é diferente e saboroso, e nem estranhou o jiló, que se perde no meio de tantos gostos e não fica forte – garantiu Pedro. A casa fica na Avenida Antônio Neto, nº 2381, no bairro Manoel Valinhas.
Em segundo lugar ficou a Divina Pizza, com o Pernocas de Cocó ao Creme Cítrico. Como cerveja mais gelada, o grande campeão foi o Roberto da Sopa, que apresentou o Delícia Bovina. O local considerado mais limpo e higiênico foi o Pasta Rica que inovou no cardápio, apresentando a Carne Seca Gratinada.
Todos os mais de dez mil votantes elegeram também o melhor atendimento, que foi realizado, segundo eles, no Show Bar. O prato apresentado por eles foi o Brasileirinho.
- Este ano escolhemos também o melhor garçom, que foi Rafael da Silva, do Peixe Dourado. O rapaz é bom mesmo! – brincou Gustavo.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Vicentino mais antigo da cidade completa 100 anos

Durante 93 anos Filipinho dedicou sua vida à caridade e ao auxílio às pessoas mais carentes da região

Jessica Riegg

100 anos de vida e muita história para contar; com lucidez e muito carinho, Filipinho completa no próximo dia 20 o seu centenário. Durante 93 anos ele trabalhou como vicentino auxiliando as pessoas mais carentes da região e proporcionando momento de felicidade. Há 40 anos, mora em Divinópolis e trabalha hoje com o resto das forças que lhe restam. Apesar de morar a um quarteirão da Igreja São Vicente de Paula, não é sempre que suas pernas permitem que ele reze e participe de campanhas.
Antônio Felipe Júnior começou sua vida vicentina aos sete anos em Claudio, quando obrigado pelo pai (que também era vicentino) começou a freqüentar a igreja sem saber exatamente a função que poderia exercer futuramente. Poucos meses depois, o presidente da conferência o convidou a se tornar aspirante e assim Filipinho se viu obrigado a conhecer um pouco sobre os trabalhos.
- O presidente mandou todo mundo colocar uma moedinha dentro do saco que ele estava recolhendo rendimentos, mas eu era muito pobre não tinha nada. Mesmo assim coloquei minha mão lá dentro. Quando ele contou as moedas, estava inclusive sobrando uma – contou o vicentino.
Depois disso, passou a ter fé no poder da religiosidade e seguiu a tradição com mais rigor. Por isso, foi chamado para ser Confradativo, que é o segundo posto mais alto da tradição, mas ainda possuía apenas 7 anos.
- Eu achava ruim porque queria fazer outras coisas, mesmo assim saí e pedi dinheiro para ajudar os pobres. Consegui um valor muito maior do que esperava e isso me incentivou a continuar a trajetória – narrou Filipinho.
Após um ano foi nomeado Aclamado e assim podia realizar todas as atividades juntamente com os vicentinos e não parou mais. Hoje, com 99 anos, sempre participa do que consegue e só perde as missas por muita necessidade.

Carinho

De acordo com o filho de Filipinho, Manuel da Costa Felipe, o pai é prestativo e tem muita paciência com todos que solicitam algum auxílio. Para ele, o vicentino é um exemplo de vida, porque pensa mais no próximo do que em si mesmo. Prova disso é não saber quantas pessoas já ajudou, pois perdeu as contas há muitos anos.
- E só vou parar quando não conseguir mais – garante.
A história que mais lhe chocou foi a de um homem sem recurso algum que teve uma grave doença no pescoço e não conseguia levantá-lo. Filipinho foi encarregado de cuidar dele, dar banho, preparar comida e levá-lo a missa. Para permitir que ele pudesse fazer tudo que os outros faziam, ele cortou um pedaço de madeira e o homem apoiava o pescoço nele diariamente.
- Ele adorou e me agradecia muito, mas infelizmente, ele faleceu depois – finalizou.

Homenagem

A Paróquia de São Vicente de Paula realizará uma missa em homenagem aos 100 anos dele no dia 20 deste mês às 19h30min. De acordo com a secretária da paróquia, Ângela Maria de Oliveira, haverá uma faixa e será lida uma mensagem durante a missa.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Luz no fim do túnel

Moradores do bairro Jardim Alterosa esperam que com a vinda do Hospital problema seja resolvido

Jessica Riegg

Os moradores da Rua B, que fica no bairro Jardim Alterosa (parte de trás do Hospital Público Regional - HPR) ainda vivem com fossas. O cheiro piora nos dias de calor e não é difícil encontrar o esgoto escorrendo pelas ruas. Eles acreditam que com a construção do hospital as reivindicações finalmente serão atendidas e o bairro passará a contar com uma rede de esgoto.
Mas a maior preocupação deles atualmente é isso não acontecer e o todo o lixo do HPR escorrer pelas ruas do bairro, trazendo doenças ao invés de saúde. O eletricista, Nelson Ferreira dos Santos, teme pela segurança da esposa e dos filhos.
- Tenho medo disso acontecer porque pode aumentar o número de doenças no bairro. Eu acho que deveria ser obrigado a colocar uma rede de esgoto aqui – frisou Nelson.
A dona de casa, Rosimeire Ana Rodrigues, teme por seu filho que ainda nem nasceu e faz planos de reivindicações caso o problema não seja resolvido a tempo.

Esperança

A previsão é de que a primeira etapa do Hospital seja entregue em junho do ano que vem, e por esse motivo, Rosimeire frisa que seria necessário começar com as obras agora para não atrapalhar o funcionamento do local.
- Mas aqui já é calçado, portanto, dará um trabalho muito maior para a Prefeitura – lembrou Nelson.
Não há possibilidade do novo centro de saúde utilizar fossas para seu funcionamento, afirmou o superintendente da Usina de Projetos, Lúcio Espíndola. A princípio, o esgoto será recolhido em um interceptor e posteriormente jogado no Córrego do Engenho, que fica atrás do local.
- Essa obra está prevista para ser construída com recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC – no início do próximo semestre – afirmou Lúcio.
Caso as obras atrasem e não houver possibilidade de fazer essa obra antes do início do funcionamento do local, o esgoto será tratado. Quanto à instalação da rede de esgoto, a previsão é de as obras sejam iniciadas até 2013. O projeto faz parte do contrato firmado entre a Prefeitura e a Copasa que construirá centenas de metros cúbicos de rede de esgoto na cidade.
- Os moradores do bairro podem ficar tranqüilos porque não há possibilidade do hospital usar fossas para seu funcionamento – finalizou o superintendente.

Dia D da vacinação será nesse sábado

Meta é imunizar 95% do público-alvo que chega a 12.672 crianças; todas unidades já possuem as doses

Jessica Riegg

Todas as crianças de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias devem se vacinar contra poliomielite. A segunda etapa da campanha começou na segunda-feira e termina na próxima sexta-feira (19). Quem já vacinou, deve novamente ir a qualquer posto de saúde e garantir a segurança das crianças. Vale lembrar que é fundamental levar a carteira de vacinação das crianças
As doses na cidade já estão disponíveis em todos os Centros de Saúde e Unidades de Estratégia de Saúde da Família – ESF. A vacinação acontece de 8 às 17h, inclusive no sábado (13), quando haverá o Dia D contra a pólio. O público alvo para esta campanha é de 12.672 crianças e a meta é imunizar 95% destas.
De acordo com a referência técnica em Imunização, Marcela Machado Santos, mesmo as crianças que já se vacinaram na 1ª etapa devem comparecer aos postos. Quem não tomou a 1ª dose, deve prestar mais atenção ainda às datas e horários.
- Essa é uma estratégia para garantir que o vírus não circule no país, portanto, é fundamental que todo mundo aproveite o Dia D, em um sábado, para imunizar os filhos – frisou Marcela.
96,89% das crianças de 0 a 5 anos do município foram imunizadas na primeira etapa, atingindo um índice considerado bom, já que a meta foi atingida.

Importância da Vacinação

As vacinas foram criadas para ensinar o sistema imunológico a reconhecer agentes agressores que podem provocar doenças e a reagir produzindo anticorpos capazes de combatê-los. Na preparação das vacinas, pode ser utilizado um componente do agente agressor, o próprio agente agressor numa forma atenuada, ou morto, ou outro agente que seja semelhante ao causador da doença.
Segundo Marcela, a imensa maioria das crianças recebe regularmente as vacinas contra as doenças consideradas mais graves e muitas desapareceram por completo.
Em cada etapa, a meta é vacinar 95% do público-alvo, de 14.148.182 crianças em todo o país. O investimento total é de R$ 66,8 milhões - R$ 46,6 milhões com a compra e distribuição das vacinas e outros R$ 20,2 milhões em transferências aos fundos de saúde estaduais e municipais.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Idosos terão um hotel exclusivo


No local haverá cinco quartos com capacidade para cerca de 10 idosos que se hospedarão por no máximo um mês

Jessica Riegg

Nem sempre é possível levar um idoso para longas viagens por causa da fragilidade e da necessidade de cuidados médicos. Por esse motivo, o Lar dos Idosos criou o Hotel dos Avós, que funcionará a partir de setembro recebendo idosos que terão todos os cuidados médicos e ainda poderão aproveitar as diversas oficinas de arte e dança durante no máximo 30 dias.
A idéia surgiu há um ano, quando o atual diretor, Padre Reni Nogueira dos Santos, notou uma área ociosa no local que poderia proporcionar a acolhida de outros idosos não permanentes. A equipe aproveitou a reforma que já estava sendo executada e transformou os apartamentos em locais com toda infra estrutura necessária para acolher um hóspede especial.
- O idoso que recebermos terá um tratamento diferenciado, podendo trazer pertences que possam fazer com que ele se sinta em casa e um acompanhante, enfermeiro ou cuidador – explicou Padre Reni.

Funcionamento

Os familiares pagarão uma taxa para manutenção dos serviços e proporcionarão, caso seja necessário, atendimento médico. Todo o resto da estrutura interna do local, como biblioteca, área externa e cozinha poderá ser utilizado, além de toda a área de artesanato.
- A medida que a avó ou avô entrar na casa passará a ser nossa responsabilidade e terá assistência dos nossos enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais e fisioterapeutas, além das seis refeições previstas – acrescentou o diretor.
O objetivo é inaugurar o Hotel na semana do idoso que acontece a partir do dia 1º de Setembro. Atualmente, já há algumas reservas para garantir um espacinho na casa que será uma referência na cidade no acolhimento temporário aos idosos.
- Minha intenção é que todos os idosos se interajam e contem suas histórias, conheçam os outros idosos e um ajude o outro. Desejamos oferecer o melhor para nossos avôs e avós – afirmou Reni.

Lar dos idosos

O Lar dos Idosos funciona há 42 anos na mesma rua e com as mesmas paredes acolhendo idosos que não possuem parentes ou não desejam morar com a família. É uma instituição que já foi Santa Casa e Hospital e foi o local de nascimento de vários divinopolitanos. Tenta atualmente se manter financeiramente através do aluguel do velório, do bazar e do forró. Os idosos do local fazem uma oficina de artesanato todas as quintas-feiras através da parceria com a Vetum. Com isso, mostraram uma melhoria de vida, de destreza e articulação do corpo, garantiu o diretor.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Atleta do EOC é a única mineira a conquistar medalha no Brasileiro de Paranatação

Há dois anos a atleta Marina dos Santos treina diariamente no Estrela do Oeste Clube e sempre participa de competições. Tanto esforço rendeu a conquista da medalha de prata na 1ª etapa Nacional do Circuito Loterias Caixa 2011 que aconteceu no Sport Club Corinthians, em São Paulo, no último fim de semana. Grandes nomes do paraesporte brasileiro como André Brasil, Edênia Garcia, Terezinha Guilhermina e Lucas Prado competiram no circuito.

Apesar do frio da cidade, que chegou próximo aos 5º C, a mineira de apenas 19 anos, conquistou o segundo lugar na prova dos 100m peito e ainda tem grandes chances de sair vitoriosa nas duas próximas etapas. A competição reuniu cerca de 250 atletas e é decisiva para a formação da seleção brasileira que defenderá o Brasil nos jogos Parapanamericanos de Guadalajara 2011, que acontecerá em novembro. Esta etapa foi a última em que os competidores tiveram oportunidade de conquistar o índice necessário.

O treinador da atleta, Bruno Tavares, acredita que essa vitória foi merecida já que o esforço dedicado nos treinos é determinante em qualquer tipo de competição. “As duas horas diárias de treinamento fizeram com que o seu desempenho tenha crescido muito nos últimos dois anos”, afirmou Bruno. Marina participa de competições paraolímpicas em todo o país com excelentes resultados.

A segunda etapa da competição acontece de 02 a 04 de setembro também em São Paulo (SP) e a terceira etapa acontece de 02 a 04 de dezembro em Fortaleza (CE).

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Escolas receberão 18 mil livros


Doação faz parte do Projeto Minha Cidade Lê e Escreve 2012; autores divinopolitanos serão prestigiados

Jessica Riegg

O projeto Minha Cidade Lê e Escreve 2012 promete grandes novidades, como a doação de mais de 18 mil livros aos alunos que estudam nas escolas da cidade. Alguns destes serão obras de autores divinopolitanos conhecidos como Adélia Prado. Outros serão de escritores novos, que lançaram apenas um ou dois livros.
O objetivo da introdução desses novos escritores no mundo infanto/juvenil é primeiramente comemorar o Centenário de Divinópolis. Mas o principal é aproximar esses jovens leitores do mundo dos livros, provando que qualquer pessoa pode escrever e publicar grandes obras, bastando para isso, começar.
- E queremos começar influenciando-os a ler. Por isso o projeto alcança também o ensino infantil, com livros que podem ser levados para o banho e que chamam a atenção – observou a secretária municipal de educação, Eliana Cançado. A Academia Divinopolitana de Letras – ADL – recomendará os autores, mas quem não é conhecido no meio artístico também poderá ter os livros distribuídos, bastando para isso procurar a Gerência Regional de Educação.
Além da distribuição gratuita desses 18 mil livros nas escolas, que futuramente serão levados para casa pelos alunos, a idéia é que as produções literárias das crianças sejam futuramente publicadas em um livro e em agendas do projeto, sendo um texto por mês e pequenos poemas por dia. Para isso, será desenvolvido um grande concurso de redação abrangendo alunos de todas as idades.
- Acreditamos que a partir de todas essas ações formaremos leitores que gostam de ter livros, afinal os pais também estão entrando nessa onda e percebendo que criança não gosta de ganhar apenas brinquedo nos aniversários – frisou Eliana.

Histórico

O Projeto Minha Cidade Lê começou em 2009 a partir da capacitação dos especialistas que iriam trabalhar no projeto. No ano passado, as escolas já começaram a receber livros de literatura de vários títulos e os professores foram orientados para que soubessem trabalhar o projeto.
- Percebemos que a partir daí os alunos começaram a despertar o gosto pela leitura em si e na família, e isso é muito importante porque cumpriu nosso primeiro objetivo – afirmou a supervisora do projeto, Maria Cássia Silveira Sousa.
Para acelerar esse processo, neste ano as oficinas que acompanham o Minha Cidade Lê, de colagens e roda de leitura, foram realizadas aos sábados. Dessa maneira, destacou a secretária, todos os pais participaram e descobriram o quanto uma história pode mudar uma vida.
- Queremos continuar com tudo isso e tentar sempre acrescentar à vida dos nossos quase 16.800 alunos – frisou Eliana.
O projeto teve ainda poemas e trechos de grandes obras colocados dentro dos ônibus e espalhados em pontos importantes da cidade, para influenciar a leitura de quem nem sempre tem tempo de comprar um livro. A última atividade prevista para este ano é no dia 20 de outubro.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Eletrônicos lideram reclamações no Procon

Em segundo lugar continuam os serviços de telefonia; órgão realizou 164 atendimentos somente no mês passado

Jessica Riegg

Três semanas de espera, ligações que não levavam a nada, noites de sono perdidas preocupada com o destino de alimentos. Assim passou a analista de sistema, Hellen Ferreira, que comprou uma geladeira e aguardou por quase um mês para recebê-la em casa. A loja em que comprou o produto prometeu entrega de no máximo cinco dias, mas um atraso do revendedor obrigou a moça a ficar todo esse tempo sem cozinhar, já que não possuía local para guardar os alimentos.
Hellen ligou várias vezes solicitando o produto, já que sua antiga geladeira havia estragado e não obteve nenhuma resposta concreta. Os vendedores diziam que a entrega não iria demorar, mas passavam mais dias e nada acontecia.
- Tentei falar com o gerente da loja várias vezes e na vez que eu consegui ele disse simplesmente que não poderia fazer nada, porque a culpa não era dele. Quando ameacei entrar no Procon, a geladeira chegou – contou Hellen que desistiu de comprar no local.

Procon

Em casos como este, o gerente do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor - Procon, Thiago Pardini, recomenda que o órgão seja procurado. Ele lembrou que o Programa pode e deve ser consultado antes de fechar o negócio, dessa forma o consumidor garante que todas as cláusulas do contrato são verdadeiras e que serão cumpridas.
- O Procon tem essa função mas caso ele sinta que seu direito foi lesado, pode nos procurar para de fato atuarmos contra a empresa infratora – esclareceu Thiago.

Reclamações

Somente no mês passado o órgão recebeu 711 reclamações de diversos setores, mas o que ainda lidera é o de produtos, principalmente eletrônicos, com 273 atendimentos. Isso acontece por causa da facilidade de crédito no mercado, já que atualmente todos os consumidores, independente de classe social, têm a possibilidade de adquirir produtos que antigamente eram considerados um sonho.
- Aumentando a comercialização de produtos irá aumentar também o índice de defeitos apresentados e logo o índice de reclamação dos consumidores – explicou Thiago.
Em segundo lugar veio novamente o setor de telefonia, com 164 atendimentos, contra 162 no mês de maio. Segundo Thiago, a maioria dos casos destes atendimentos diz respeito à dificuldade dos próprios clientes resolvem os problemas com as empresas. Em terceiro lugar vieram as reclamações relacionadas a assuntos bancários, com 153 atendimentos, próximos aos 163 atendidos em maio.
- As reclamações referentes aos serviços bancários ocorrem por causa do aumento do uso de cartões de créditos e os financiamentos – acrescentou Pardini.

9 mil consumidores perderão desconto

Para ter direito a Tarifa Social, consumidores devem estar cadastrados no CadÚnico da Prefeitura

Jessica Riegg

Cerca de nove mil clientes de baixa renda de Divinópolis da Companhia Energética de Minas Gerais - Cemig, com consumo entre 65 kWh/mês e 80 kWh/mês perderão o direito ao desconto nas contas de luz. Essa medida é uma determinação da Lei 12.212/2010, regulamentada pela Resolução 414/2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica – Aneel. Para garantir o desconto, que pode chegar a 65%, os usuários precisam estar cadastrados em algum programa social do governo.
Até o mês passado, 23 mil, dos 90 mil clientes da Cemig recebiam o benefício, mas a partir da determinação da Aneel, todos serão cancelados até que os clientes de baixa renda façam o cadastro junto à empresa. Para isso é necessário estar cadastrado no CadÚnico, e levar o cartão social, CPF e identidade.
- Quem não tiver cadastro perderá o direito ao desconto, mesmo que sejam carentes. Para ter direito, é preciso ter uma renda per capta igual ou menor a meio salário mínimo – afirmou o administrador regional da Cemig, Divino Barros Vieira.

Descontos

Quem possuía consumo igual a 80 kWh/mês, e não se recadastrou até o dia 1º de dezembro do ano passado, deixou de receber o benefício na fatura com vencimento em janeiro de 2011. Para o consumo abaixo dos 65 kWh/mês, o cliente perde o direito ao desconto a partir deste mês.
- Antigamente o desconto era automático para um consumo abaixo de 80 kWh/mês, dessa maneira, clientes com alta renda que possuíam casos de veraneio tinham consumo baixo e ganhavam o desconto – observou Divino.
Para quem consome entre 40 kWh/mês e 65 kWh/mês perde direito ao desconto a partir de setembro; entre 30 kWh/mês e 40 kWh/mês em outubro e abaixo de 30 kWh/mês perde o desconto em novembro.
Além disso, com a nova legislação, indígenas e quilombolas terão desconto de 100% no consumo até 50 kWh/mês. O benefício é concedido apenas para o cliente residencial, ocorrendo de maneira escalonada, e não há desconto para a faixa de consumo acima de 220 kWh/mês. De a 30 kWh/mês o desconto pode chegar a 65%, de 31 kWh/mês a 100 kWh/mês o desconto chega a 40% e entre 101 kWh/mês e 220 kWh/mês chega a 10%.

Isenção de ICMS
Em Minas Gerais, o Governo do Estado isenta mais de 2,8 milhões de clientes, que consomem até 90 kWh/mês, do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas faturas de energia. Hoje, 49% dos consumidores residenciais da Cemig não pagam o imposto estadual.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Pontes Padre Libério

Moradores questionam atraso nas obras

Ponte atrás do Mercado Distrital evitaria ocorrências relacionadas às drogas e as bebidas

Jessica Riegg

Moradores do bairro Padre Libério questionam o atraso na construção de duas pontes que trariam maior segurança e comodidade a lojistas e habitantes do local. Além disso, acreditam que se houvesse uma ligação entre a rua Inácio Gomes e a MG 050 o comércio seria incentivado e a Avenida JK teria um tráfego menos intenso.
As duas obras já haviam sido aprovadas no Orçamento Participativo promovido pela Prefeitura e segundo os moradores, as obras começariam neste semestre. Mas por alguns atrasos o local continua da mesma forma e os moradores precisam passar por uma pinguelinha para chegar a seus imóveis sem que para isso precisem dar uma grande volta. Além disso, o movimento no Mercado Distrital caiu tanto que ele fechou, realizando atualmente apenas alguns eventos de grandes proporções.
De acordo com o síndico do mercado, Álvaro Theodoro de Oliveira, o pior não foi o mercado ter sido fechado e sim ter sido invadido por usuários de drogas por oito vezes apesar dos vigias contratados.
- Esse é um ponto importante da cidade, mas está um inferno a noite porque tem muita gente bebendo, fumando e se drogando e os trabalhadores não querem mais ficar aqui – explicou Álvaro. Ele afirmou ainda que os comerciantes ainda não decidiram o que farão no local.

Segurança

O comerciante, Ranufo Araújo, que mora no local, conta que sua esposa foi assaltada por um rapaz que estava armado com uma faca ao passar pela pinguelinha construída pelos próprios moradores. Desde então, os dois evitam passar por ela após as 17h. Vale lembrar que o bairro sofreu com uma desova de corpo e um assassinato no ano passado.
- Tem muitas casas abandonadas e apartamentos fechados porque nós não acreditamos mais no bairro. Acho que com a ponte vai melhorar bastante, seremos independentes – acredita Ranufo.

Área econômica

Segundo a gerente de marketing do Planeta Center Shopping, Cristiane Oliveira, uma ponte ligando a Rua Inácio Gomes à MG 050 ajudaria no crescimento do movimento das lojas. Isso porque, por falta de um bom acesso, poucos revendedores conhecem o shopping, que está atualmente totalmente vazio no segundo andar.
- Seria bom também para aliviar a Avenida JK, porque seria um bom acesso à região dos shoppings. Acho que só traria benefícios – acrescentou.

Obras

Para o superintendente da Usina de Projetos, Lúcio Espindola, um dos problemas será resolvido ainda neste semestre, já que o alargamento da ponte Padre Libério começará assim que o governo estadual disponibilizar as vigas metálicas prometidas. A licitação já foi concluída e as obras custarão R$80 mil aos cofres municipais. Já o projeto para a construção da ponte do Mercado Distrital está em fase final e a execução está prevista para o final deste ano. A construção dessa nova ponte precisará de um investimento de R$50 mil por parte da Prefeitura.

200 postagens

Olá queridos leitores e focas;

Esse post tinha que ser diferente para agradecer a todos vocês que me acompanham diariamente, lendo notícias e até mesmo textos interessantes de diversos autores. São mais de dois anos escrevendo para vocês e frisando o que de mais importante acontece em Divinópolis. Muito obrigada e boa leitura! :)

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Mais uma família é retirada da Vila Olaria

Até o momento 28 famílias foram retiradas de áreas de risco e receberão um imóvel do PAC Habitação

Jessica Riegg

Casa repleta de rachaduras, banheiro sem condições de uso e noites acordada para garantir a segurança de um neto e uma filha com problemas mentais. Essa era a realidade da aposentada Maria José de Morais que morava na Vila Olaria e mudou-se ontem para o bairro Espírito Santo. Sua casa estava em um local que corria risco de desabamento e ela foi retirada pela Defesa Civil e pela Usina de Projetos para evitar qualquer tipo de acidente.
Seu antigo imóvel foi demolido para evitar que outras pessoas o ocupem e o aluguel da atual moradia está sendo custeado pela Prefeitura. Assim como ela, outras 27 famílias foram retiradas de áreas de risco e aguardam um imóvel do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC Habitação para terem novamente uma casa própria.

Mudança

Maria José respirou aliviada ao chegar na casa nova. Ela mostrou todos os três quartos com alegria e tranqüilidade, já que agora não precisará mais passar todas as noites em claro com medo do teto desabar sobre sua cabeça, a de seu neto que tem 10 anos e de sua filha, que possui problemas mentais.
- Tinha muita rachadura lá e agora olha que casa bonita – afirmou a aposentada. Sua única tristeza é ficar longe dos vizinhos que tanto a ajudavam, mas ela está certa de que encontrará outras pessoas que a auxiliem na criação do menino.
Mudanças como esta já aconteceram outras 27 vezes em Divinópolis durante esta administração. Foram 21 famílias retiradas do Alto do São Vicente, 2 retiradas da Vila Olaria, 1 retirada do bairro Porto Velho e 4 retiradas do bairro Quintino, afirmou a gerente da Defesa Civil, Edna Marta Faria Cardoso.
- Todas essas pessoas estão morando em imóveis alugados pela Prefeitura e ganharão imóveis do PAC – garantiu Edna.

PAC Habitação

Segundo o responsável pelo PAC Habitação, Lúcio Espíndola, o mais importante agora é acompanhar a parte social dessas famílias e aguardar o fim das obras do Programa. A primeira etapa está prevista para terminar ainda nesse semestre. As casas ficam nos bairros Nova Suíça e São Simão. A segunda etapa, no bairro Alto do São Vicente, está prevista para começar no dia 15 de agosto, através da contratação das empresas escolhidas. Já a terceira fase beneficia o Alto do São João de Deus e as expectativas da Prefeitura é que as obras comecem ainda esse ano.