Em segundo lugar continuam os serviços de telefonia; órgão realizou 164 atendimentos somente no mês passado
Jessica Riegg
Três semanas de espera, ligações que não levavam a nada, noites de sono perdidas preocupada com o destino de alimentos. Assim passou a analista de sistema, Hellen Ferreira, que comprou uma geladeira e aguardou por quase um mês para recebê-la em casa. A loja em que comprou o produto prometeu entrega de no máximo cinco dias, mas um atraso do revendedor obrigou a moça a ficar todo esse tempo sem cozinhar, já que não possuía local para guardar os alimentos.
Hellen ligou várias vezes solicitando o produto, já que sua antiga geladeira havia estragado e não obteve nenhuma resposta concreta. Os vendedores diziam que a entrega não iria demorar, mas passavam mais dias e nada acontecia.
- Tentei falar com o gerente da loja várias vezes e na vez que eu consegui ele disse simplesmente que não poderia fazer nada, porque a culpa não era dele. Quando ameacei entrar no Procon, a geladeira chegou – contou Hellen que desistiu de comprar no local.
Procon
Em casos como este, o gerente do Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor - Procon, Thiago Pardini, recomenda que o órgão seja procurado. Ele lembrou que o Programa pode e deve ser consultado antes de fechar o negócio, dessa forma o consumidor garante que todas as cláusulas do contrato são verdadeiras e que serão cumpridas.
- O Procon tem essa função mas caso ele sinta que seu direito foi lesado, pode nos procurar para de fato atuarmos contra a empresa infratora – esclareceu Thiago.
Reclamações
Somente no mês passado o órgão recebeu 711 reclamações de diversos setores, mas o que ainda lidera é o de produtos, principalmente eletrônicos, com 273 atendimentos. Isso acontece por causa da facilidade de crédito no mercado, já que atualmente todos os consumidores, independente de classe social, têm a possibilidade de adquirir produtos que antigamente eram considerados um sonho.
- Aumentando a comercialização de produtos irá aumentar também o índice de defeitos apresentados e logo o índice de reclamação dos consumidores – explicou Thiago.
Em segundo lugar veio novamente o setor de telefonia, com 164 atendimentos, contra 162 no mês de maio. Segundo Thiago, a maioria dos casos destes atendimentos diz respeito à dificuldade dos próprios clientes resolvem os problemas com as empresas. Em terceiro lugar vieram as reclamações relacionadas a assuntos bancários, com 153 atendimentos, próximos aos 163 atendidos em maio.
- As reclamações referentes aos serviços bancários ocorrem por causa do aumento do uso de cartões de créditos e os financiamentos – acrescentou Pardini.
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