segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Autoescolas passam a ser avaliadas

Mudança passa a valer em agosto; escolas com aprovação menor a 60% podem perder alvará

Jessica Riegg

A reprovação em exames para tirar a tão sonhada carteira de motorista chegou a 41% no mês de julho em Divinópolis. No mesmo mês em 2010 o índice foi parecido, chegando a 40%. Índices como este fizeram o Conselho Nacional de Trânsito - Contran - determinar uma portaria que estabelece medidas administrativas aos Centros de Formação dos Condutores – CFC’s – que fiscalizarão o ensino teórico e prático.
O índice mínimo de aprovação em cada autoescola terá que ser superior a 60% resultante da média aritmética dos últimos três meses analisados. A medida passa a valer em Minas Gerais a partir de agosto, conforme determinou o Departamento Estadual de Trânsito – Detran.
Caso um CFC não alcançar o resultado obrigatório terá de apresentar uma proposta de planejamento para melhoria dos resultados que melhore os possíveis erros no processo pedagógico.
De acordo com a norma do Detran a autoescola que mesmo assim não elevar os índices deverá enviar os instrutores e diretores para participar de um curso de requalificação profissional. Para renovar o credenciamento do CFC será necessário ter uma aprovação maior de 60% nos últimos 12 meses anteriores ao pedido.

Leitura biométrica

O sistema de avaliação em Minas Gerais só passou a valer neste mês porque foi necessário primeiro implantar todo o sistema de leitura biométrica nas autoescolas, afirmou a delegada regional da Polícia Civil, Aparecida Dutra Quadros. Como a implantação do sistema na direção está na fase final, os CFC’s já precisam aprovar 60% dos alunos.
- Essa medida garantirá que o aluno tenha uma melhor qualidade de ensino e garanta sua aprovação – explicou Aparecida.
Para o universitário, Paulo César Quintino Coelho, a medida vai afetar diretamente nas aulas de legislação já que na maioria das vezes os professores cobram pouco dos alunos. Já nas aulas práticas, segundo ele, o problema na maioria das vezes não é o processo de ensino e sim o nervosismo do candidato durante a prova.
- Portanto, acredito que essa medida só trará benefícios aos futuros motoristas – afirmou Paulo.

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