Apesar de todas as empresas na cidade usarem o filtro, sujeira continua
Jessica Riegg
Durante o inverno a tendência é que a poluição do ar se intensifique devido à baixa umidade relativa do ar. Em Divinópolis, a situação é um pouco pior por causa da siderúrgicas aqui instaladas e as queimadas. Elas tornam a qualidade do ar de regular a inadequada e incomodam os divinopolitanos que precisam conviver com a sujeira e com as doenças respiratórias causadas.
Entre os meses de outubro e maio a qualidade é considerada boa, a mais alta de acordo com o parâmetro da Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável - Supram. Mas nos meses entre maio e setembro ela cai para de regular a inadequada. Os piores níveis de poluição são má e crítica.
Medidores
Para saber exatamente o nível de poluição existem os Medidores de Poluição instalados em diversos pontos. Em Divinópolis eles foram instalados através de uma ajuda financeira do governo estadual e ficam na escola estadual Luiz Melo, na Educare, no CAIC, na comunidade de Santo Antônio dos Campos e na antiga sede da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte – Settrans.
De acordo com o fiscal de meio ambiente, Nivaldo Souza Medeiros, esses índices melhoraram depois que as empresas passaram a usar o filtro em suas chaminés, atualmente obrigatório. Outro fator que fez a diferença foi a irrigação nos pátios feita por muitas empresas, que ajuda na redução do nível de poluição.
- Mas controlar as empresas é fácil, difícil mesmo é impedir as queimadas, que agravam muito o quadro de poluição em Divinópolis – frisou Nivaldo.
Sujeira
Apesar dos filtros e da redução dos índices de poluição, varrer a casa continua a ser uma rotina para a dona de casa Érica de Jesus Soares, afinal, o pó que se acumula impede que a casa esteja limpa. Por isso, ela varre sua sala três vezes ao dia, quando as janelas e portas ficam fechadas. Neste período, em que há mais vento, relata que a situação piora.
- Sabemos que as empresas da cidade já colocaram o filtro, mas não notamos diferença – afirmou o aposentado, Osmar Barnabé que é vizinho de Érica no bairro L.P.Pereira e também varre a casa pelo menos três vezes ao dia.
Quando sua neta passa o dia no local, a faxina é mais intensa, para não precisar passar horas tentando tirar a sujeira da roupa da criança. Mas, segundo ele, bastam dez minutos para todo o trabalho passar despercebido.
Doenças
Barnabé lembra ainda que a maioria dos vizinhos possui doenças respiratórias causadas pela poluição do ar na cidade. Segundo o médico do trabalho, Vagno José Ribeiro, as mais comuns são as rinites, bronquites e sinusites.
- Nesta época muitos elementos prejudicam a situação, como os resíduos dos combustíveis, a poeira do asfalto e principalmente a baixa umidade e ressecam as vias aéreas causando tosses e alergias – explicou Vagno.
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