Música ao vivo foi proibida na Rua São Paulo entre Av. Sete de Setembro e Rua Rio Grande do Sul
Uma determinação judicial proibiu músicos de tocarem ao vivo nos bares da Rua São Paulo até que haja uma regulamentação na cidade. Por esse motivo, os profissionais, revoltados com a situação, se reuniram na manhã de ontem na ACASP para determinar as próximas ações e tentar aprovar o mais rápido possível uma nova lei municipal que os beneficie.
A determinação aconteceu, segundo o secretário municipal de cultura, Bernardo Rodrigues, por pedido dos vizinhos do local que se sentiram incomodados com o alto barulho. Como não há uma legislação específica no município em relação a esse assunto, a norma de suspensão valerá até que a lei que fala sobre o assunto e ainda está sendo elaborada, seja regulamentada.
- O que desejamos é criar essa lei de forma que não prejudique os músicos e nem a população que se sente incomodada atualmente – explicou.
De acordo com o secretário municipal de meio ambiente, Pedro Coelho, a determinação não veio da Prefeitura e inclusive ela tentará dar apoio aos músicos para que a situação seja regulamentada, e os alvarás possam ser emitidos às casas noturnas. Na próxima segunda-feira haverá uma reunião entre os setores para firmar os últimos detalhes da lei que será apresentada no dia 19 na Câmara dos vereadores para que possa virar lei municipal.
Profissionais prejudicados
Os músicos não concordam com essa norma e desejam que a situação seja logo resolvida. Alguns postaram em suas páginas pessoais do facebook uma nota, afirmando serem músicos “calados”, já que foram proibidos de tocaram em várias casas noturnas.
- Estou muito triste por querer trabalhar e tornar a noite mais agradável e não poder – dizia a nota postada na página do músico Felipe Boca.
Outro músico inconformado com a situação é Sérgio de Castro, que se preocupa com o sustento da família trazido através da música ao vivo nos barzinhos. Assim como ele, vários cantores precisam do dinheiro arrecadado para cuidar de esposas e filhos.
- Essa norma está nos prejudicando muito. Precisamos aprovar essa lei urgente para garantir que o nosso trabalho seja feito com a máxima transparência e sem incomodar os vizinhos – frisou Sérgio.
Bernardo lembra ainda que essa determinação atrapalha a livre expressão de cultura na cidade, já que essa é uma manifestação típica de Divinópolis e toda a população gosta de ouvir os profissionais. Ele chamou o papel dos músicos de “inegável para circulação da boa música”.
- Além disso, eles são profissionais que sobrevivem da música de barzinho. Eles não podem ficar “desempregados” – desabafou o secretário.
A expectativa dos profissionais é que a lei seja aprovada no dia 19 e logo sancionada para que entre em vigor e os trabalhos possam continuar.
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