O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) publicou a média das notas dos alunos por escola no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), chegando ao total da nota por escola. O Cefet obteve a melhor nota, enquanto o EJA (Educação de Jovens e Adultos) da E.E. Joaquim Nabuco obteve a pior colocação, mas o Ensino Médio Regular da escola ficou na quinta colocação.
De acordo com o coordenador geral do Cefet, Luiz Carlos, são três os motivos que permitiram a nota alta da escola (667,20, cerca de 69% da prova). O primeiro é que o Cefet é uma escola federal, e por esse motivo faz uma seleção dos melhores alunos. “Nós temos alunos que geralmente já têm melhores notas” completou.
O segundo motivo é o ensino integrado da escola, que tem as disciplinas comuns e as disciplinas técnicas específicas. “Essas matérias permitem com que o aluno possa ver mais a fundo as matérias, trazendo um conhecimento ainda maior” explicou o coordenador.
Luiz ainda tem um terceiro motivo, que é os bons professores que a instituição contratou. “Os nossos professores são muito bons e são valorizados, por isso recebem salários dignos. Isso faz com que o ensino seja ainda melhor” citou Carlos.
Ele acrescentou que é muito satisfatório ter esse resultado porque a escola tem apenas 15 anos e Divinópolis e já está brigando com as grandes escolas da cidade. “Percebemos que o Cefet está sendo consolidado aqui, e isso é muito bom, porque serve de acréscimo ao nosso ensino que é direcionado para a formação técnica” finalizou Luiz.
O campus de Divinópolis obteve o segundo melhor resultado de todos os Cefets existentes. Belo Horizonte aparece em primeiro, com 68,68, seguida por Divinópolis (66,72), Leopoldina (63,22), Araxá (62,06) e Timóteo (61,38).
Pior nota
O diretor da Escola Estadual Joaquim Nabuco, Roberto Rodrigues Ribeiro, afirmou que a nota baixa do EJA (467,28) se deve ao fato de que ele é na sua característica de educação de adultos que passaram até décadas fora da escola. “Além disso, a grade curricular desses alunos é menor do que a dos alunos de escola regular. Eles têm cerca de 19 aulas por semana, enquanto os outros alunos têm 25” explicou.
O Ensino Médio Regular do Joaquim Nabuco obteve a 5ª colocação entre as escolas estaduais (553,12), Roberto acredita que por o Ensino Médio fazer parte do SIMAVE (Sistema de avaliação do Ensino Médio) o ensino é mais reforçado. “Temos alguns alunos aqui que estudam de manhã e voltam a noite para fazer um aprofundamento, então isso faz com que as notas sejam maiores” analisou.
O diretor acredita também que por a escola já trabalhar com as competências e habilidades do conteúdo básico comum desde 2004 (habilidades cobradas atualmente pelo Enem), enquanto o EJA não trabalha, possibilitou a disparidade entre as notas. “Não podemos nos esquecer da dedicação dos profissionais que permitiram essa nota alta no Ensino Médio” frisou Rodrigues.
De acordo com o blog do Cefet não é possível traçar uma comparação entre o desempenho no exame de 2009 e nos anteriores. Isso porque houve uma reformulação total da prova, que passou a ter 180 questões divididas em áreas de conhecimento, além de ser porta de entrada para algumas universidades federais.
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