terça-feira, 13 de julho de 2010

Divinópolis compra cerca de 30mil reais a mais da agricultura familiar do que manda a lei

Na manhã de segunda-feira (12) uma equipe de profissionais de Oliveira veio a Divinópolis para aprender os métodos de compra dos alimentos da agricultura familiar que são destinados a merenda escolar. O objetivo era aprender as técnicas usadas para depois implanta-las na cidade, já que a cidade do Divino já se tornou referência na área e pretende comprar até R$40.000,00 a mais do que prevê a lei.
A lei estabelece que 30% da renda destinada para alimentação seja gasta com agricultura familiar. Todas as escolas municipais e filantrópicas de Divinópolis já recebem os alimentos, por esse motivo a meta foi atingida.
O secretário de agronegócios, João Orlando Camargos Júnior, afirmou que essa lei é benéfica para o município, que já pretendia incentivar a agricultura familiar, e boa para os produtores que podem vender seus produtos por um preço mais justo. “Além disso, vamos fomentar o associativismo, já que as cidades que gastam mais de R$100.000,00 com alimentação só podem comprar de associações formais” observou.
A secretaria de agronegócios ainda promove cursos e palestras sobre técnicas de plantio, venda e manuseio com o produto, para auxiliar nas técnicas dos associados e melhorar os produtos, como o Seminário de Agricultura Familiar que será realizado na quarta-feira (14). “Queremos auxiliar esses produtores para que possam concorrer no mercado. Em Oliveira é um pouco diferente, já que eles podem comprar alimentos de associações não formais, mesmo assim incentivamos o governo a fortalecer essas uniões” esclareceu João Orlando. Além disso, os produtos chegam mais baratos para o governo.
A chefe do setor de assistência ao educando, Lucimaris Camargos, também esteve presente no encontro e falou sobre os passos até conseguir levar esses alimentos para a mesa das crianças. “Começamos com esse projeto neste ano, mas foi um longo caminho até atingirmos o objetivo e cumprirmos a lei federal 11.947. Tentamos passar isso para o pessoal de Oliveira, assim eles talvez passem por menos dificuldades do que nós” frisou Lucimaris.
A chefe do setor ainda contou que além de favorecer a agricultura familiar, os alimentos chegam mais frescos nas escolas. “Temos também a possibilidade de mais frutas e produtos da região, por esse motivo a aceitação das crianças pela nova alimentação foi boa, um pouco difícil no começo, mas agora elas estão adorando” alegrou-se Lucimaris. Houve a necessidade de adequar o cardápio para poder usar a produção local.
Ela ainda contou que os únicos alimentos que tem que ser comprados são batata e cebola, já que não há produção local dessas verduras. “Até mel e farinha de mandioca compramos dos produtores locais” acrescentou. Os outros produtos, como arroz e feijão, vêm na maioria das vezes da região sul do país.

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