Cordas, violoncelo, violino, viola clássica, agudo, grave, médio; palavras pouco comuns nas rodinhas dos jovens atualmente. Mas isso vem mudando desde a criação da Orquestra Cordas e Sons, que reúne os interessados em aprender um pouco mais sobre a música clássica ou erudita. Os ensaios acontecem toda segunda-feira no Espaço Multicultural, na Praça da Catedral, às 19h e qualquer pessoa pode participar ou simplesmente admirar.
Os ensaios são destinados aos músicos que já possuem técnica, mas precisavam aprimorar as apresentações em grupo. As próximas apresentações estão previstas para o início da primavera (setembro) e para o Natal, onde haverá uma parceria com o Coral São João de Deus, revivendo obras primas de grandes artistas consagrados pela história da música clássica como Vila Lobos e Tom Jobim. E o melhor: tudo em praça pública e gratuito, para quem gosta de apurar os ouvidos e apreciar o que a música brasileira tem de melhor.
- É importante que cada músico tenha esse universo ampliado porque a verdadeira harmonia musical só acontece quando se une graves e agudos em uma mesma melodia – explicou o regente da orquestra, Walter Caetano.
Atualmente a orquestra possui 22 participantes, mas uma completa precisa de 24 violinistas, fora os outros instrumentos, por esse motivo, ainda há muito espaço para quem deseja se especializar. Para isso, basta participar de algum dos encontros na Praça do Santuário.
O projeto foi tão reconhecido pela cidade, já que os ensaios acontecem publicamente, que a ONG, que mantém o projeto, recebeu recentemente o título de Utilidade Pública Municipal e está em processo de aprovação para os títulos de Utilidade Pública Estadual e Federal. Ou ainda incentivar o patrocínio por meio de empresas ou pessoas físicas, em troca da dedução no Imposto de Renda. Dessa forma, professores de Belo Horizonte, São Paulo e até de outros países poderão vir a cidade e dar continuidade aos trabalhos.
- Assim receberemos técnica porque a música erudita é complicadíssima. Ter uma base com professores gabaritados é essencial para que consigamos levar a orquestra até para fora do país, onde a música brasileira é muito reconhecida – sonha Walter.
Além de viabilizar os professores, a idéia é usar os investimentos para ensinar crianças e adolescentes interessados em tocar instrumentos clássicos e dessa forma popularizar a música clássica. O regente acredita que ela ainda é pouco conhecida na cidade.
Amizade
Além de aprender e divulgar esse estilo musical, “Cordas e sons” oferece uma oportunidade de grandes amizades, que não seriam possível sem a criação da Orquestra. O violoncelista, Claudinei Pereira, por exemplo, agora pode estudar violoncelo em grupo.
- Agora tenho muitos amigos que só consegui por causa da Orquestra – contou Claudinei.
História
A idéia da orquestra já existe há cinco anos, mas foi colocada em prática somente no Festival Nacional de Música de Divinópolis em janeiro do ano passado. Na ocasião reuniram-se vários músicos que se interessaram em montar rapidamente uma apresentação em grupo.
Walter percebeu que havia essa carência na cidade e região e decidiu começar de imediato com os ensaios.
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