Todas as unidades de ensino regulares da cidade possuem pelo menos um aluno deficiente. Ou seja, são pelo menos 65 crianças ou adolescentes que precisam de cuidados especiais. Não há um número exato da quantidade desses alunos incluídos. Na Escola Estadual Ilídio da Costa Pereira, por exemplo, a maioria possui pequenos transtornos, como a hiperatividade.
De acordo com a supervisora do local, Elizete Barbosa, existe uma lei federal que obriga todas escolas regulares a aceitarem alunos com alguma deficiência. Essa norma foi instituída para garantir que haja menos preconceito e que esses alunos estejam em contato com outras crianças.
A supervisora acredita que desde que essa lei foi implementada os alunos passaram a respeitar mais as diferenças e a entender melhor o que é uma deficiência. Além disso, os alunos incluídos tiveram grandes crescimentos pessoas e passaram a ser mais independentes.
- Tivemos um aluno aqui que entrou com 12 anos no 1º ano, devido à uma deficiência mental. Depois de dois anos ele já ia embora sozinho de ônibus, tamanha a confiança adquirida – observou.
A professora de educação especial, Roberta Aparecida Marçal, lembrou ainda que ele também teve uma melhora significativa na auto estima e passou a dar mais valor nos amigos.
- Os colegas de sala perceberam as qualidades e respeitaram as dificuldades do Davi e brincavam com ele da mesma forma que com os outros. Ele era tratado normalmente na sala, apesar de ser bem mais velho. Na vida não temos essa diferença, porque teríamos na escola? – questionou Elizete. Atualmente há 25 alunos incluídos na escola, sendo que 13 precisam utilizar a sala de recurso (especial).
Adaptação dos professores
Os alunos também tiveram que passar por um processo de adaptação, já que a escola possui dois alunos com deficiência física. Um deles é Roberta que garante que nada atrapalha suas aulas.
- Essa nova lei foi boa também pra gente, porque passamos a ser mais bem aceitos – acrescentou.
Atualmente a escola é acessível, faltando apenas uma rampa para o segundo andar que deve ser construída até o final de 2013.
Falta preparação
Segundo a secretária de educação, Eliana Cançado, essa é a melhor maneira de incluir os deficientes já que eles precisam ser atendidos com qualidade. Para ela, o que falta é preparar melhor as instituições e professores.
- A nossa formação não nos habilita para isso. Portanto, precisamos dessa especialização para lidar melhor com esse desafio através da participação em fóruns e encontros – afirmou Eliana.
Ela frisou ainda que é necessária mais aparelhagem, mais rampas de acesso e cursos de libras e braile. Tudo isso para garantir que os alunos não sejam discriminados ao invés de incluídos, como é o objetivo da lei.
- Temos que ir a luta e nos preparar porque essas pessoas já estão dentro da escola – observou a secretária.
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