Após quase cinco meses da assinatura do convênio entre o Ministério da Saúde e a Fundação Geraldo Correa, para compra de mais um acelerador linear, o dinheiro ainda não foi depositado. Por esse motivo, a licitação não pode começar. A previsão dos responsáveis é de que até o final deste ano o equipamento seja entregue ao Hospital do Câncer.
R$2 milhões já estão assegurados pelo Ministério da Saúde – MS – para compra do equipamento, pois já houve a assinatura do convênio. Há a necessidade ainda da contrapartida de R$1 milhão da Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas – ACCCOM – para que os recursos sejam suficientes para adquirir o acelerador e seus componentes.
Segundo o diretor técnico do Hospital do Câncer – HSJD, Alair Rodrigues de Araújo, apesar da demora o processo está em bom andamento. O que acontece é que os trâmites legais são complicados e extensos, o que impede a rapidez no processo.
- O dinheiro já está assegurado, mas ainda não foi depositado na conta da Fundação Geraldo Correa, responsável pelo Hospital do Câncer. Assim que isso acontecer faremos licitação, compra e instalação do equipamento – explicou. Ele acredita que até o final do ano o processo de compra seja concluído e mais de 70 doentes beneficiados.
O autor da emenda que permitiu essa compra é o deputado federal Jaime Martins, que acredita que esse equipamento é fundamental para a ampliação dos atendimentos.
Acelerador
De acordo com a oncologista do Hospital do Câncer, Aline Lauda Freitas Chave, o acelerador que o Hospital possui atualmente é muito bom porque é grande e suporta 70 pacientes por dia. O problema é que a demanda cresceu muito e hoje ele faz cerca de 120 atendimentos diariamente.
- Por esse motivo ele trava muito e nós precisamos parar o tratamento por um tempo – disse. Além disso, já há uma grande fila de espera e alguns pacientes chegam a aguardar mais de 30 dias pela consulta.
O acelerador linear é a máquina responsável em fazer a radioterapia de pacientes com câncer. Portanto, sem ele não é possível tratar com eficácia os mais de 3.600 pacientes mensais.
- Primeiro fazemos a cirurgia, depois temos a radioterapia e a quimioterapia. Portanto, sem um desses três não dá. Além disso, a radio ameniza a dor dessas pessoas. Então já está passando de hora de receber esse equipamento – finalizou a oncologista.
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