sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Polícia, Bombeiros e Defesa Civil unidos para garantir a segurança dos moradores

A Polícia Militar, os Bombeiros e a Defesa Civil fizeram na parte da manhã de ontem uma operação de vistoria nas áreas de risco devido à proximidade das chuvas. O objetivo era fazer uma análise e começar a tomar medidas preventivas para esse período. Uma família deve ser retirada de sua casa já que há risco de desabamento.
De acordo com o Capitão César, chefe da seção operacional do 10º Batalhão dos Bombeiros Militares, vários imóveis correm risco de serem afetados com deslizamentos de terra e por esse motivo essa operação se torna tão importante. “Aqui na Vila Olaria identificamos esses imóveis que estão sujeitos a vários riscos, então estamos fazendo essa identificação para poder adotar algumas medidas imediatas” informou.
Essas medidas variam de remoção dos moradores para áreas seguras até poda de algumas árvores e colocação de lonas nos morros ao redor dos imóveis em risco. “Na Vila Olaria todos os seis imóveis verificados estão em risco potencial” alertou o Capitão.
O coordenador da Defesa Civil, Adilson Quadros, disse que uma família do local deve ser retirada já que a área onde fica a cozinha está repleta de rachaduras e pode fazer com que a casa desabe. “Temos que buscar um local para que possamos remover as pessoas dessa casa” informou.
Nos outros locais onde há risco a Defesa Civil realizará uma operação na próxima quarta-feira e cortar algumas árvores, deixando 50cm de toco para que as raízes sejam preservadas e colocar lona em morros sem vegetação para proteger as casas. “Agora vamos incluir essas casas nos nossos projetos. Queremos ter uma visão de perspectiva assim como fizemos no Pito Aceso e onde vamos entregar 68 residências no ano que vem” frisou Adilson.
Para o coordenador o ideal é retirar todas essas famílias e colocá-las em local seguro. “Mas infelizmente não temos condições para isso. Então vamos tirar aquelas com risco iminente e posteriormente trabalhar no projeto de construção de outras moradias” disse. Até que isso aconteça, a família retirada provavelmente vai morar em uma casa alugada pela Prefeitura, “mas ainda vamos avaliar com a Secretaria de Desenvolvimento Social”.
Há também a preocupação do grupo de proteção à volta desses moradores às áreas de risco quando as chuvas passam. “Portanto a pretensão da Defesa Civil é trazer segurança para evitar que outros cidadãos construam nessas áreas e retornem com o problema. Proteger a vida do cidadão é o maior objetivo da Defesa Civil” observou Quadros. A operação foi coordenada pela Defesa que pediu o apoio da PM e dos Bombeiros que também tem muita experiência para ajudá-los a tomar as medidas possíveis neste momento.
Um morador do local de risco, Vaci Luiz de Assunção, afirma que espera que a Prefeitura faça algo por eles o mais rápido possível, já que ele não tem condições de se mudar para outro local. “Moro aqui há 24 anos e descia muito barranco aqui na época da chuva. Agora melhorou, mas sempre que chove a gente tem medo, porque barranco não dá pra confiar” contou Vaci que já teve a casa inundada e cheia de terra. “Quando eles vêem olhar a gente fica mais sossegado” desabafou o aposentado.
Toda a região ribeirinha corre sério risco por causa das chuvas, assim como as áreas do Alto do São Vicente (Pito Aceso), próximas ao campo do Guarani (Morro da Pitimba), a Vila Olaria e o Alto do São João de Deus (Lajinha), áreas estas que foram monitoradas ontem.

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