quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Não existem apolíticos, todos nós somos políticos!

A política é considerada por muitos cidadãos como peça fundamental apenas para os nossos governantes. Muitos não sabem nem ao menos em que se consiste exatamente a política, que está em quase tudo que fazemos.
Em uma aula que tive discutimos política e eu percebi que grande parte da minha turma não sabia ao certo o que poderia ser política, inclusive eu. Para entender melhor utilizo alguns trechos do livro "Política: quem manda, por que manda, como manda" de João Ubaldo Ribeiro.
No livro ele afirma que política é "um jogo de poder - a negociação para se obter uma decisão qualquer - está em toda parte, na conduta humana". Ou seja, quando brigamos com os pais por acharmos que devemos ir à uma festa, estamos tentando mudar um comportamento que é estabelecido por algumas leis. Estamos fazendo política.
Quando resolvemos votar nulo, ou simplesmente ignorar o que os nossos governantes fazem, não estamos sendo apolíticos, estamos simplesmente sendo comodistas, como afirmou João. "Quando alguém diz que não liga para política está naturalmente exercendo um direito que lhe é facultado pelo sistema político em que vive. Ou seja, em última análise, está sendo um político conservador , não vê necessidade de mudanças".
Portanto, quando você aceita tudo que lhe é colocado, está exercendo um direito seu. Está sendo favorável ao governo.
Quando você corre atrás e não aceita alguma norma da sociedade, também está sendo político, mas um contra. Portanto, todos nós somos seres políticos e utilizamos muito da política para nossa convivência na sociedade.

Direita x esquerda
As expressões: "ele é de direita" ou "fulano é de esquerda" são usadas atualmente de maneira incorreta. Veja porque: Direita e esquerda eram termos usados na Revolução Francesa que designavam cada um dos representantes da Assembleia. Quem se sentava a direita representava os grandes aristocratas e burgueses, que tinham o interesse em manter o país no mesmo estado que estava (por isso usava-se o termo conservador como sendo sinônimo de direita). Quem era contrário geralmente sentava-se a esquerda, associando-se assim revolucionários com esquerda.
A maioria dos estados apresentam uma desigualdade de renda e a direita (classes mais abastadas) não têm interesse em mudar a situação do país e prega pela não intervenção do estado na economia. Apesar disso não é correto usar os termos direita e esquerda pois nos partidos políticos há de tudo e os ideais se modificam. Um exemplo é o Fernando Henrique Cardoso que era considerado de esquerda até assumir a presidência. A verdade é que grande parte dos partidos que estão no poder hoje em dia são Centro, tendendo um pouco para a esquerda ou para a direita, sem uma definição clara.

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