A umidade relativa do ar em Divinópolis está na média de 24%, uma porcentagem considerada baixa. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) esse é considerado um estado de alerta. Essa umidade é causada pela frente seca que se instalou na região e pelo efeito La Niña, e deve durar até outubro.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), índices de umidade relativa do ar inferiores a 30% caracterizam estado de atenção; de 20% a 12%, estado de alerta (no qual se enquadra Divinópolis); e abaixo de 12%, estado de alerta máximo.
De acordo com o observador metereológico, Marius Costa, a massa de ar seco tende a manter a umidade relativa do ar baixa, mas com o efeito do La Niña a umidade fica ainda mais baixa. “O efeito agrava ainda mais a situação e retarda a chegada das chuvas” explicou.
Ele acredita que as chuvas devem chegar na cidade apenas em outubro com a chegada de uma frente fria na região. “Chuvas intensas são esperadas, através de pancadas e chuvas que chegam a durar uma semana como em 2008” observou Marius.
Perguntamos se há possibilidade de grandes quantidades de chuvas que ocasionariam novas enchentes, Costa afirmou que cada vez mais fenômenos atuam no ciclo chuvoso e que isso pode mudar o contexto. “Mas não devemos descartar essa possibilidade a partir da segunda quinzena de outubro” alertou o observador.
Marius frisou que quanto mais o tempo está seco mais é difícil de chover porque a frente seca “expulsa” a frente fria, que para a nossa região, geralmente trás a chuva.
Por causa dessa frente seca as temperaturas se elevam a cada dia, podendo chegar a 33º C na próxima semana. As temperaturas noturnas também se elevaram e não devem reduzir os 10º. “Frio intenso só no ano que vem e muito calor vem por ai. Acho que as pessoas sentirão saudade do frio” brincou o observador que aguarda um verão bem quente e úmido.
Os principais efeitos da baixa umidade são secura na garganta e nos olhos e problemas respiratórios. Na prática, quanto mais grave o estado decretado, maior a probabilidade de incidência de doenças respiratórias. Para aliviar a “secura” os especialistas recomendam beber bastante líquido, usar um vaporizador e na falta deste, um balde com água no quarto e toalhas molhadas próximas as camas.
La Niña
La Niña é o nome dado para designar um fenômeno climático que ocorre em decorrência do resfriamento (em média 2°C ou 3°C) anormal das águas superficiais do oceano Pacífico, especialmente na parte centro-oriental. Esse fenômeno gera profundas mudanças na dinâmica da atmosfera, fator que interfere diretamente nas características climáticas do mundo.
No Brasil, a La Niña é percebida principalmente por causar: passagens rápidas de frentes frias sobre a região Sul, diminuição da temperatura na região Sudeste, chegada de frentes frias ao nordeste durante o inverno, aumento nos índices pluviométricos no leste e norte da Amazônia, entre outras interferências climáticas menos representativas.
A La Niña acontece em intervalos que oscilam entre 2 e 7 anos, com uma duração de aproximadamente um ano.
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