Caso reivindicações não sejam aceitas, profissionais planejam greve nacional
Jessica Riegg
Trabalhadores do Tribunal Regional do Trabalho – TRT, Tribunal Regional Eleitoral – TRE, Ministério Público da União – MPU e Ministério Público do Trabalho – MPT, fizeram ontem uma paralisação de uma hora. A parada foi nacional para chamar a atenção das autoridades quanto a falta de reajuste salarial, já que fazem mais de cinco anos que os salários não são aumentados de acordo com a inflação. Além disso, os manifestantes pedem maior valorização do serviço público.
Em Divinópolis, a manifestação foi das 16h às 17h na Praça da Catedral, reunindo cerca de trinta pessoas que usaram apitos, cartazes e camisetas para chamar a atenção da população quanto à gravidade da situação. Na próxima quarta-feira (26), haverá a votação do Plano de Carreira e Salários – PCS, em Brasília, pela Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados. Na data da votação haverá uma paralisação nacional de 24 horas e todos os serviços dos órgãos acima mencionados estarão parados.
Caso o PCS não saia como os trabalhadores desejam, é provável que a greve nacional comece no dia 27, com data de término indeterminada. A idéia do movimento surgiu após o sucesso da greve dos trabalhadores bancários, que após 22 dias, alcançaram os objetivos pretendidos.
De acordo com a analista judiciária do TRT, Elimara Cardoso Bernardes Gaia, a máquina administrativa ainda está sendo enxugada, ou seja, a cada dia menos trabalhadores estão nos órgãos judiciais. Por esse motivo, a abertura de novas vagas também é uma das principais reivindicações.
- A Justiça está prejudicada e as pessoas não reconhecem isso por isso estamos reivindicando e mobilizando – observou.
Desvalorização
Para o oficial de justiça federal do Trabalho, Antônio Carlos, é fundamental que o número de vagas seja ampliado, afinal, dessa maneira seria possível ampliar o número de atendimentos à população. Além de cumprir com a Constituição e realizar a Justiça Itinerante.
- Hoje no Brasil o servidor é deixado em segundo plano. Tem dinheiro para sediar Olimpíada, Copa do Mundo, superfaturamento de obras, menos pros serviços públicos, como saúde, educação e justiça – frisou Antônio.
Mas a principal reivindicação ainda é a remuneração, pois, afirmou o oficial, muitos servidores qualificados tendem a procurar emprego no setor privado porque a remuneração é melhor. Para ele, se não preservar-se esses profissionais, no futuro o povo será atendido por pessoas menos qualificadas.
Órgãos judiciais
Segundo Elimara os órgãos judiciais são fundamentais para a população, mas ela não percebe esta importância. A Justiça do Trabalho, por exemplo, é o órgão fundamental para todos os trabalhadores e empregadores afinal, julgam os conflitos de interesses. Já a Justiça Eleitoral, que atuará com força no ano que vem por causa das eleições, é pouco lembrada.
- A maioria das pessoas não reconhece nosso trabalho. Resolvemos vários problemas que envolvem a segurança nacional e nós estamos lá fazendo esse trabalho – enfatizou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário