Proposta não foi aceita pelo sindicato dos trabalhadores
Jessica Riegg
As assembleias estaduais realizadas nesta quarta-feira (5), em sua maioria, decidiram não aceitar a proposta formalizada na terça-feira, durante reunião de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho - TST, com isso, os funcionários dos Correios mantêm a greve iniciada no dia 14 de setembro. A próxima reunião será na segunda-feira (10) quando será feito, no TST, o sorteio do relator do processo do dissídio para o julgamento no tribunal.
A proposta encaminhada e rejeitada nas assembléias previa reposição da inflação de 6,87% retroativo a agosto e ainda um aumento real de R$ 80 a partir de outubro. Dos 21 dias da greve, 15 seriam compensados em finais de semanas e seis seriam descontados a partir de janeiro de 2012 parcelado em 12 vezes. Nas reivindicações da categoria, que tem sua data-base em agosto, os trabalhadores pedem aumento salarial linear de R$ 200, reposição da inflação em 7,16% e piso salarial de R$ 1.635. Os trabalhadores não aceitam negociar o valor dos dias não trabalhados e esta é uma das principais divergências entre os sindicatos atualmente, que vêm causando as manifestações pelo país. Por esse motivo o Sedex Hoje, Sedex 10 e Disque Coleta continuam cancelados. As outras entregas foram mantidas, mas pode haver pequenos atrasos.
Em nota, a direção dos Correios afirma que empreendeu todos os esforços para que os empregados voltassem ao trabalho depois de acordo direto. Após as decisões desta quarta-feira (5), a Direção informou que mantém as portas abertas para o diálogo e segue defendendo que o retorno à normalidade ocorra da forma mais rápida possível.
- À população brasileira, os Correios agradecem pela confiança e asseguram que a distribuição de correspondências e o atendimento ao público nas agências estão mantidos – afirmava a nota.
A adesão à paralisação caiu para 23 mil trabalhadores. Isso significa que 80% do efetivo dos Correios segue trabalhando normalmente, garantindo a maioria dos serviços, com entrega de 2/3 da carga diária.
Greve dos bancários
A greve dos bancários do país também continua e hoje a agência do Banco do Brasil, de Carmo do Cajuru, aderiu ao movimento, assim como as agências bancárias de Lagoa da Prata, Arcos, Nova Serrana, Pains, entre outras. Em Divinópolis, há 15 agências paradas e 3 em perfeito funcionamento.
- Houve uma reunião na quarta entre os proprietários dos bancos, mas nada foi decido até o momento. Estamos aguardando respostas para dar continuidade às negociações – observou o presidente do sindicato dos bancários da cidade, Marcelo Neves.
A greve não tem data prevista para acabar e por esse motivo, Marcelo orienta que as contas sejam pagas nas casas lotéricas. Caso não seja possível, o presidente indica que as dívidas sejam negociadas diretamente com os fornecedores, solicitando mais prazo ou outros boletos.
- Em caso de ainda assim não haver jeito orientamos que a pessoa que se sinta lesada procure o Procon – finalizou.
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