quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pets são transformadas em objetos de decoração

Oficina “transformando lixo em luxo” objetiva despertar a consciência ecológica da população

Jessica Riegg

O município de Itaguara passou no ano passado por um alto índice de infestação do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue, assim como em várias outras cidades da região. Para tentar minimizar o problema, a Secretaria Estadual de Saúde propôs o início do projeto “transformando lixo em luxo”. O objetivo é retirar as garrafas pets do meio ambiente e transformá-las em objetos decorativos como flores e vasos de plantas.
A proposta era trabalhar no início com hipertensos, diabéticos e alunos, mas a iniciativa deu tão certo que a cada dia mais integrantes fazem parte do projeto, afinal, percebeu-se que são inúmeras as possibilidades se desenvolver trabalhos com as pets.
Além disso, os casos da doença diminuíram no estado, passando de 29.073 em 2010 para 1.805 em 2011 no período de janeiro a setembro. Vale lembrar que a redução não foi apenas por causa do projeto, mas sim de várias ações organizadas pelos órgãos de saúde e do próprio ciclo do mosquito.
Por todos esses motivos Divinópolis também será palco dessa ação hoje, a partir das 8h, no anfiteatro da Secretaria Municipal de Saúde – Semusa. Técnicos poderão participar e ajudar a reduzir o acúmulo ou destino inadequado de resíduos que possam servir de criador para o mosquito.
Em seguida, esses técnicos deverão repassar as atividades à população em data ainda a ser marcada. Dessa maneira, enfeites e adereços poderão ser produzidos através da reciclagem de garrafas pets, que seriam jogadas no lixo caso não fossem usadas para este fim.
Mas o real foco do projeto é despertar a consciência ecológica por meio da utilização de materiais não biodegradáveis como as garrafas PETS e transformá-las em objetos de decoração.

Prevenção

Para o coordenador da vigilância ambiental, Wanderson Teixeira Freitas, a maior vantagem deste projeto é a prevenção de zoonoses através da redução do depósito de materiais inservíveis. Além da dengue, ele lembrou das doenças transmitidas por roedores que se escondem nesses materiais.
- Qualquer ação que provoque consciência na população é muito boa, porque está diretamente ligada à saúde – observou.
Ele frisou que na região Nordeste de Divinópolis, por exemplo, foram recolhidas mais de 12 toneladas de lixo somente no último fim de semana e que se houvesse uma maior conscientização não seriam necessárias ações como esta. Elas foram intensificadas atualmente porque este é período de procriação do mosquito diante da quantidade de chuvas e calor.

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