quinta-feira, 19 de maio de 2011

Empresas com consciência ambiental saem na frente

Empresas de vários ramos como de tintas, metais pesados ou até mesmo boates podem e devem reciclar ou reduzir a quantidade de lixo jogada fora. Esse é o caso da Lux Lounge, Natureza e Confermetal que além de se preocuparem com o meio ambiente, ajudam a manter várias famílias através da renda gerada do lixo.
A boate Lux Lounge, por exemplo, criou essa visão de sustentabilidade desde o começo do projeto para devolver a natureza parte de tudo aquilo que é usufruído. Ela oferece copos recicláveis e retornáveis e ainda possui um serviço de triagem para que o que pode ser reaproveitado seja utilizado por uma família.
- No mercado atual o lixo reciclado tem muito valor. Hoje, por exemplo, só com o que a gente recicla da boate mantemos uma família com quatro filhas, esposa e marido – disse o proprietário do local, Junior Pepo. O local possui uma parceria com a ONG lixo e cidadania e por esse motivo disponibiliza os objetos a essa família.
Pepo acrescentou ainda que o objetivo da empresa é aumentar a quantidade de lixo e auxiliar essas pessoas carentes através da parceria com outras empresas. Para ele, é fundamental ajudar essas pessoas que são, na maioria das vezes, marginalizadas e não possuem boas condições de vida na sociedade.
- Para isso basta a empresa vir até aqui para conhecer o projeto. Nós não temos a intenção de aumentar nosso lixo e sim levar mais parceiros para a ONG, até porque nosso lixo vem diminuindo apesar do nosso público estar aumentando, porque agora eles têm mais consciência – disse.
Através das tampinhas de garrafas e restos de tecidos doados, a família produz jogos americanos que são vendidos. Ou seja, o que era jogado fora agora é reaproveitado e gera renda.
- Eu fico orgulhoso de participar de um projeto desses porque o lixo é prejudicial a nossa sociedade, ainda mais aquele mal descartado – acrescentou Pepo.

Empresa existe de material reutilizável

Já a empresa Confermetal, instalada em Divinópolis desde 2004 utiliza a escória do auto forno (impurezas do minério de ferro juntamente com calcário) para sobreviver. Este material que antigamente era jogado fora ou armazenado nos pátios de grandes empresas, agora se transforma em cimento ou base para estradas, substituindo o calcário.
- Para cada tonelada de gusa, sobram de 150 a 200kg de escória, que agora é reaproveitada. Além disso, grandes empresas como Gerdau e União não pagam mais o passivo ambiental. É bom para a minha empresa, para elas e para o meio ambiente como um todo – explicou o proprietário do local, Afrânio Mendes.
Outra empresa, Natureza, também realiza o mesmo processo só que reaproveita também o tijolo refratário, aquele que fica dentro do forno. Ele possui vida útil curta e não pode ser descartado no meio ambiente.
- Nós transformamos esses tijolos em massa refratária que pode ser usada para assentar tijolos em outros fornos, ou ainda em outros materiais. O processo é mil vezes satisfatório para o meio ambiente – diagnosticou o gerente administrativo, Alex Arantes.

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