A campanha vacinal de Divinópolis foi prorrogada para a próxima sexta-feira (20). O motivo são as baixas coberturas, principalmente das gestantes e da falta das doses em pelo menos quatro unidades de saúde da cidade. O grupo com maior cobertura até o momento é o dos idosos, com 69,3%. Os dados são da vacinação de toda a campanha até terça-feira (10).
De acordo com o epidemiologista da Secretaria Municipal de Saúde – SEMUSA – Osmundo Santana Filho, a cobertura da cidade ainda está muito abaixo dos 80% preconizados pelo Ministério da Saúde – MS – e por esse motivo o fim da campanha de vacinação foi prorrogado para a próxima sexta-feira (20). Além disso, faltaram doses em algumas unidades de saúde, pois o MS não enviou todas as doses necessárias para o atendimento. Em Divinópolis seriam necessários pelo menos 31.445 para atender toda a população dos quatro grupos, mas chegaram apenas 25.000 doses.
- Faltam vacinas em pelo menos quatro postos, mas ela foi entregue para Minas Gerais ontem e hoje já chegou na cidade. Garantimos que haverá vacinas na segunda para todos aqueles que desejarem se proteger – garantiu.
Na sexta-feira haverá uma nova avaliação para verificar quais as próximas medidas a serem tomadas, pois se a cobertura de 80% não for atingida, a campanha poderá novamente ser prorrogada.
- É importante frisar que a vacina contra a gripe não tem contra indicações absolutas. Como estamos aproximando do inverno, e há uma intensificação do vírus da Influenza A neste período, o momento de se proteger é agora. É um inverdade que a vacina provoca gripe porque ela é produzida a partir de vírus inativos – observou Osmundo.
Coberturas
Até a última terça-feira (10) a cobertura vacinal da cidade ainda estava muito abaixo da determinada pelo MS, que é de 80%. O percentual de Minas Gerais está em 63,44%, já o percentual de Divinópolis está em 63,37%, com 19.928 vacinados. O grupo com maior adesão até o momento foi o de pessoas acima de 60 anos, já que 15.637 pessoas foram vacinadas perfazendo um total de 69.3%. A cobertura de crianças de 6 meses a 2 anos foi de 35,5% (2.567 crianças). Já o grupo dos trabalhadores da saúde teve 737 pessoas vacinadas até o momento (34,1%), mas o número não é considerado baixo porque os dados dos funcionários dos hospitais não foi fornecido.
- Mas o grupo preocupante é realmente o das gestantes, pois foram vacinadas somente 987 mulheres, que correspondem a 35,1% do total previsto. Nossos dados mostram que no ano passado durante a pandemia elas foram o grupo que menos procuraram a vacina e também foi um dos mais atingidos pela gripe suína, sendo responsáveis por muitos óbitos – lembrou Santana.
Para ele, isso acontece porque existe uma resistência natural em não fazer essa prevenção e segundo porque é detectado o não incentivo por parte da classe médica, que afirmam que não há necessidade.
- Eles dizem isso desconhecendo a experiência viva nos últimos dois anos – acrescentou Osmundo.
A cobertura é baixa também porque o MS considera que a cidade possui mais gestantes do que na realidade. Ele se baseia no censo realizado em 2.000, mas o de 2010 já indica que houve queda do número de filhos por mulher.
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