Após retirar algumas telhas, especialistas observaram que estrutura de madeira precisa ser trocada
Jessica Riegg
A reforma no Santuário começou há algumas semanas e após a retirada de algumas telhas, os especialistas observaram que será necessário trocar toda a estrutura de madeira que está danificada. Será preciso colocar agora uma estrutura metálica para impedir que hajam acidentes. Também foi observado que os ladrilhos estão um pouco separados e que houve afastamento do granito em outros locais, provando que pode haver um problema na fundação. Isso sem contar os problemas já publicados anteriormente, como as trincas, vazamentos na Via Sacra e os problemas na tesoura do telhado.
Todos esses novos problemas foram detectados pela coordenadora de cultura da secretaria da Unesco em Brasília, Jurema Machado, que é também arquiteta. Ela visitou o local na manhã do último sábado (10) para tomar ciência da situação e tentar orientar os responsáveis a conseguir a verba necessária para a reforma do Santuário.
De acordo com uma das apoiadoras do projeto e historiadora, Maria Cecília Guimarães, é preciso agora conseguir grandes investimentos para que este monumento de Divinópolis não acabe. Para isso, eles pretendem fazer o tombamento do Santuário, já que até o momento, apenas as pinturas de Frei Humberto são Patrimônio Cultural e Histórico do município.
- Para conseguirmos financiamento através das Leis Rouannet e Leis de Incentivo à Cultura é preciso tombar o local. Então, por enquanto estamos engajados neste processo – explicou Cecília.
Depois disso, após as dicas da coordenadora, eles pretendem transformar os murais históricos do Santuário em patrimônio estadual e federal, para ajudar ainda mais nos processos de investimento. Para isso, Jurema sugeriu a produção de um livro ou documentos que ajudem na divulgação da Igreja, transformando-o em um ponto turístico da cidade.
- Após essa etapa, tentaremos a verba através de políticos locais – acrescentou.
Crédito: Vinicius Luz |
Obras
Apesar da demora de todo esse processo de arrecadação, Cecília garante que as obras vão continuar, afinal, alguns materiais já foram até comprados. Na parede do presbitério, por exemplo, as obras para acabar com a infiltração não serão paralisadas. Já no telhado, será preciso fazer uma paralisação para compra dos novos materiais.
Por causa da reforma é possível que haja andaimes por toda a Igreja, mas elas não vão atrapalhar as tradicionais celebrações, garantiu a apoiadora.
- Quem não gostou foram as noivas – brincou Cecília.
Em relação às pinturas históricas ainda será preciso fazer contato com restauradores para que analisem a situação e digam exatamente o que será necessário fazer.
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