quarta-feira, 23 de junho de 2010

Emissão de cheques sem fundo diminui

A emissão de cheques sem fundo reduziu e apresentou o menor percentual para maio desde 2004. Os dados são do Indicador Serasa Experian. A inadimplência foi de 1,86%. Os motivos são vários, mas o aumento do número de empregos formais e a diminuição do uso dos cheques podem ser destacados.
No acumulado do ano o levantamento também verificou queda no percentual de cheques sem fundos. De janeiro a maio, houve 1,90% de cheques devolvidos, menor percentual registrado desde 2006, considerando os cinco primeiros meses do ano.
O economista Henrique Rabelo acredita que a inadimplência diminuiu porque o país cresceu e com isso, o número de empregos também. “Além disso, o aumento do salário mínimo contribui para que os cheques tenham fundo” disse.
Ele acrescentou que o uso de cheques reduziu muito já que ele perdeu o seu espaço para o cartão de crédito. Outro motivo é que os bancos dificultam cada vez mais a sua utilização já que ele facilita a falsificação. “Eles demoram a transferir o dinheiro e só se pode sacar o cheque na agência da conta, além disso, começaram a pedir documentos na hora do saque, tudo isso diminuiu o uso dos cheques” contou Henrique.
O economista ainda lembrou que muitos estabelecimentos não aceitam mais pagamentos em cheque, o que contribui para a queda da inadimplência. “A grande vantagem do cheque era a possibilidade de parcelar o pagamento, o que hoje em dia é possível com o cartão de débito e crédito” frisou Rabelo.
Ele acha que no futuro a utilização do cartão de crédito será ainda maior, como o que já ocorre na Europa, em que é mais fácil comprar uma passagem de metrô/ônibus com cartão de crédito/débito do que com dinheiro vivo. “O cartão de crédito permite a compra da mercadoria, mesmo se não houver dinheiro em conta, além de facilitar o planejamento financeiro, pois a pessoa sabe que dia é a data de pagamento, ao contrário do cheque que pode ser depositado antes” finalizou Henrique.



Golpe



A CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) alerta para um golpe antigo que voltou a ser aplicado em Divinópolis, causando sérios prejuízos para os consumidores e transtornos para os lojistas.
O golpe é praticado da seguinte forma: o cliente emite normalmente um cheque, de baixo valor, que pode ou não ser pré-datado. Alguns momentos depois o golpista se apresenta na loja e diz que esse cliente pediu para fazer a troca do cheque por dinheiro. O lojista faz a troca. O cheque é adulterado para outro valor bem mais elevado, causando prejuízo para o cliente. Em caso de suspeita, a CDL pede para que os lojistas entrem em contato com o cliente antes de fazer a troca.

Matéria publicada no Jornal Gazeta do Oeste

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