segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Universidade em pauta

Hoje vou falar de um assunto diferente. Começo falando sobre o sistema de entrada dos jovens nas faculdades. Em especial o sistema de cotas raciais. Ele varia de instituição para instituição, podendo oferecer um percentual de nota maior para os alunos negros ou separar vagas para serem preenchidas por eles.

Agora me pergunto, os negros possuem uma capacidade intelectual menor que os brancos para necessitarem dessa ajuda? Ora, mas é claro que não, vocês me responderão.

Justamente por esse motivo digo-lhes que sou contra esse sistema. Primeiro porque os negros não são uma raça, o que existe é a raça humana e ela é única. Segundo porque isso acentua a discriminação racial, coisa que não é proposta do projeto, pelo contrário. Terceiro porque essa não é a melhor maneira de diminuir as diferenças sociais.

Concordo que essa talvez seja a maneira mais fácil do governo melhorar as estatísticas do padrão educacional do país. Mas nem sempre a maneira mais fácil é a mais correta.

O que está acontecendo com projetos como as Cotas Raciais, as Cotas Sociais e programas como o PROUNI é “tapar o sol com a peneira”. Isto é, tentar melhorar uma coisa que por sua essência já não está tão boa assim.

O ideal seria investir em escolas, principalmente na educação pública básica, para dar oportunidades iguais a todos. Todos têm direito a receber uma educação de qualidade para conseguir concorrer de igual para igual. (Claro que há exceções de alunos de escolas públicas que se matam de estudar para passar numa federal, mas isso não é o certo. Eles devem receber o mesmo nível de educação.)

Além disso, não podemos esquecer-nos dos cursos técnicos. Eles são uma ótima oportunidade para quem deseja ter uma garantia de renda. Pense bem, se você fosse reformar a sua casa desejaria ter um profissional qualificado mesmo que para isso tivesse que pagar mais por seu serviço.

Além de pedreiros faltam bons marceneiros, padeiros, bombeiros hidráulicos, eletricistas e a lista vai longe. Se o governo incentivasse e investisse em escolas técnicas que formassem esses profissionais, ele garantiria uma renda fixa pra uma parcela da população e diminuiria o desemprego. Isso diminuiria a disparidade social.

Essa é a maneira mais difícil, demorada e cara, será que o governo está disposto a investir tamanha quantia de dinheiro para resultados em longo prazo e que não serão vistos no seu governo? Essa é a pergunta que fica.


Obs: Matéria publicada no blog perspectiva política em 01/11/09

Um comentário:

Jéssica Maia disse...

Concordo, além disso existe outros problemas como a falta de fiscalização nesse programas principalmente o PROUNI,o quemais tem são casos de pessoas que podem pagar com bolsas.
Outro ponto que concordo, é que principalmente o ensino fundamental não dá uma base boa para os estudantes, e como você disse precisam se matar de estudar.
E isso causa tudo o que você falou, exemplo disso é por exemplo o ramo da engenharia que enfrenta grandes problemas com a falta de profissionais principalmente a civil, pedreiros entre outros estão em falta!!!E isso vai piorar

Jéssica. você escreve bem demais menina!!!!!rs

Abraço