domingo, 27 de setembro de 2009

Comprovado: Jornalista, só com diploma em Jornalismo!


POST DO MÊS

Após um mês de uma votação disponível no blog, em que o público respondia a pergunta: Jornalista precisa de diploma?, o resultado foi o esperado. 36% das pessoas acreditam que o diploma é essencial. 27% acreditam que depende do caso (como eu acredito que os jornalistas antigos, que não tinham a opção de fazer um curso superior na sua época, não precisem agora de um diploma). 18% acreditam que basta ter talento. E também 18% acreditam que qualquer pessoa sabe produzir uma boa reportagem. Foram 11 pessoas que votaram nessa enquete.

O resultado prova o que eu já havia adiantado no último post: O Jornalismo profissional precisa de Jornalistas formados! Todos os posts desse blog até a presente data são coisas que eu aprendi durante meu curso e que considero fundamentais para carreira.

O Jornalismo já tinha a profissão regulamentada pela Constituição, mas de acordo com o STF, a obrigatoriedade do diploma ia contra ela mesma, já que feria o direito a liberdade de expressão de opinião.

Ora caros leitores, isso é um absurdo! Afinal a maioria dos bons jornais permite a livre manifestação do cidadão... existem colunas, e os próprios blogs que foram feitos justamente pra isso. Uma pessoa não precisa necessariamente produzir uma reportagem para expressar a sua opinião.

Essa decisão do STF vai apenas regulamentar uma realidade. Alguns veículos de comunicação não exigiam o diploma porque isso permitia-lhes pagar baixos salários. Já os grandes veículos continuarão exigindo-o para que a sua qualidade e confiabilidade nas notícias se mantenha.

As faculdades de Jornalismo não vão acabar, e talvez seus estudantes até se fortaleçam, afinal já está na hora disso acontecer! Essa decisão só foi permitida porque o sindicato ainda não é forte o sufuciente. Jornalistas, uni-vos!

Eu sou a favor do Jornalismo Profissional...

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A ética no exercício da profissão

"Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros
[...]
Capítulo 3 - Da responsabilidade profissional do jornalista
[...]
Art.11º O jornalista não pode divulgar informações:
1)Visando ao interresse pessoal ou buscando vantagem econômica;
2)De caráter mórbido, sensacionalista ou contrário aos valores humanos, especialmente em cobertura dos crimes e acidentes;
3)Obtidas de maneira inadequada, por exemplo, com o uso de identidades falsas, câmeras escondidas ou microfones ocultos, salvo em casos de incontestável interesse público e quando esgotadas todas as outras possibilidades de apuração;
[...]"

Não caros leitores, esta não é uma aula de direito! Tive uma aula recentemente sobre a ética no jornalismo e quis apenas destacar esses trechos.

Ao que me parece poucos Jornalistas conhecem esse código. Usam de meios ilícitos, favorecem patrocinadores e usam imagens extremamente sensacionalistas. Seria este um Jornalismo verdadeiro?

Eu luto por um Jornalismo mais sério e que não fira o código dos próprios jornalistas. Acredito que há muitos meios de se apurar um fato e de ter espectadores. Acredito em verdadeiros jornalistas, que no dia de sua formatura juram seguir esse código.

Acredito no diploma para poder exercer a profissão!

Espero sinceramente que esse post alerte muitas pessoas, e que elas passem a olhar as atuais notícias com outros olhos...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Editoriais

Olá caros leitores! Hoje dando sequência (agora sem trema) a tudo que o Jornalismo envolve, vou enfatizar o editorial. Que é um dos estilos em que Jornalista pode escolher trabalhar.

O editorial é geralmente aquele gênero textual que inicia o jornal e a revista. São de carácter opinativo, e representam a opinião do veículo (justamente por esse motivo, não são assinados).

É um dos únicos gêneros textuais em que não há necessidade de preocupação com a imparcialidade, já que se trata de um texto opinativo e não informativo.

Suas principais características são: Impessoalidade [por não ser assinado geralmente vem escrito em terceira pessoa do singular (ele) ou em primeira pessoa do plural (nós)], topicalidade (direcionamento ao tópico mais importante para que se torne mais preciso), condensalidade (claro e objetivo), plasticidade (prima pela agilidade).

Um editorial pode trazer sérias críticas ao seu veículo, como pode ser observado no link.

Leia os editoriais quase sempre esquecidos mas que dizem muito sobre o veículo que você lê. Lembre-se que são opinativos, mas se você lê este blog é porque se interessa pela opinião dos Jornalistas...

Carpe Diem! ;)

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Fontes oficiais? Oficiosas? Independentes?

Há quem pense que para escrever uma notícia basta ter um assunto e um bom título. Não é bem assim... para que o fato seja confirmado e correto temos que consultar diversas fontes. Mas o que caracteriza uma fonte? Fonte é qualquer pessoa ou instrumento que forneça informações ao Jornalista. As fontes podem ter interesses e justamente por esse fato, PESSOAS QUE SÃO FONTES NÃO SÃO AMIGOS DO JORNALISTA.

São três tipos existentes de fontes: Oficiais (Polícia Militar, órgãos oficiais, assessorias de imprensa), Oficiosas (ligadas a autoridades oficiais, como um funcionário, mas não estão autorizadas a falar por eles) e Independentes (especialistas que são procurados). Há um outro tipo de divisão em que as fontes são separadas por Primárias ( Ligadas diretamente ao fato) e Secundárias (Não envolvidas diretamente ao fato, sempre são independentes).

Vamos simplificar analisando a reportagem de capa da revista Super Interessante de Setembro de 2009. (Clique no link para ver a revista) A reportagem é de Emiliano Urbim e fala sobre novos fatos encontrados sobre a Segunda Guerra Mundial.

Logo no primeiro parágrafo há uma descrição sobre a Guerra, seu início, seu término, ou seja, fatos oficiais. Esses fatos foram retirados de livros históricos escritos por representantes oficiais dos governos envolvidos, portanto as fontes são oficiais e primárias.

O quarto parágrafo da reportagem diz assim: "Segundo A.J.P. Taylor, um dos maiores historiadores do século 20, intelectuais ocidentais ajudaram a criar a imagem de Hitler como mestre estrategista..." Neste parágrafo um especialista foi consultado, ele é uma fonte Independente. Também pode ser considerado uma fonte secundária, já que não estava envolvido diretamente com o fato.

O nono parágrafo da reportagem diz assim: "No livro "Hitler as War Lord" ("Hitler como Senhor da Guerra", lançado e ignorado em 1949), o general Franz Halder afirma que seu chefe mudou muito após a invasão da URSS." A fonte encontrada neste parágrafo é Oficiosa já que estava no meio de todos acontecimentos mas não era o representante oficial para falar por eles. A fonte também é primária já que estava envolvido diretamente ao fato.

A reportagem de capa é bem grande e possui 10 páginas. A maioria das suas informações foram baseadas nos arquivos que o fim do comunismo tornou disponíveis. Portanto, a maior parte da reportagem é baseada em fontes oficiais e primárias.

Simples não? Aí vai o meu recado de hoje: Prefira fontes oficiais ou fontes no mais alto gabarito. Por exemplo, se for consultar um engenheiro, opte pelo melhor. Além de enriquecer a sua reportagem, você leva mais credibilidade ao seu leitor.

Fontes: Oficiosa- Prof. Ricardo. Oficial- Fundamentos da comunicação integrada I: Jornalismo/ Leobaldo Naves Prado Júnior - Belo Horizonte: Editora Educacional, 2009.

domingo, 13 de setembro de 2009

A história do Jornalismo

Olá queridos leitores! Desculpem-me pela longa ausência... são as coisas da vida que nos afastam do que mais gostamos de fazer. Estava com pneumonia O.o mas agora já está tudo bem! rsrs chega de papo furado e vamos ao que interessa! Como surgiu o Jornalismo no Brasil? Com quem? Em que época?

Segundo o site www.buracodaimprensa.com.br o Jornalismo é muito antigo e já existia no Império Romano, no Egito, na Grécia, na China e em muitos outros. Mas foi só em 1440, com a invenção da imprensa por Gutemberg, que o Jornalismo escrito tomou forma e revolucionou a comunicação.

Como tudo no Brasil chega depois, foi somente no século XIX quando a Corte Portuguesa desembarcou, que a Imprensa começou a tomar forma no país. Foi em 1808 que foi criado o Correio Braziliense, o primeiro "jornal" escrito que tinha um grande atraso tecnológico por não ser escrito aqui no Brasil.

Com a virada do século muitas foram as mudanças. Surgiram as primeiras revistas (que se diferenciavam pelas imagens), os correspondentes (que usavam o moderníssimo sistema de telégrafos) e a diagramação e entrega do JB (Jornal do Brasil).

Em 1922 surge o primeiro divisor de águas: o rádio. Ele veio para "arrebentar a boca do balão" e trazer notícias imediatas e de longo alcance. Era a primeira mídia de massa.

Logo depois, em 37, Getúlio Vargas inaugura a censura no Brasil dos meios de comunicação. Criou a Hora do Brasil que perdura até os dias atuais. Na antemão desse atraso surge o segundo divisor de águas: a TV. Ela causou um grande rebuliço e foi o primeiro anúncio de que o rádio ia acabar.

A Censura continua com o Golpe de 64 dos Militares. Jornais foram fechados, grandes nomes do Jornalismo foram presos, mortos, exilados (ai se inclui o meu avô José Maria Rabelo, que por ser o responsável de um dos maiores jornais da esquerda na época "O Binômio", foi obrigado a se refugiar em outro país para fugir da morte).

A Ditadura acabou e o Jornalismo toma mais força para seguir em frente. Os computadores e a inovadora Internet surgem com tudo e prometem morte a todos os outros meios de comunicação. A grande rapidez, fotos, vídeos, voz, tudo junto num só lugar, favorece o Jornalismo.

Essa história é a prova de que o Jornalismo resistiu ao tempo e a toda opressão. Nenhum dos meios de comunicação parece ter acabado, e sim, se complementam e se fazem necessários. O Jornalismo evoluiu muito e já mudou muitos finais de histórias. Mas isso é papo para um próximo post...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os clássicos


Na faculdade em que aprendo Jornalismo o que me surpreende é que desde o primeiro dia de aula nos mandam ler os clássicos. Afinal, como um Jornalista pode ser realmente um bom Jornalista se não tiver lido esses livros? Ah mas isso é simples, existem somente uns 400.000.000 clássicos espalhados pelo mundo...

Mas aí surgiu uma dúvida entre os meus colegas: quais livros podem ser considerados os grandes clássicos da literatura? Segundo o site wikipedia, (um site que eu realmente amo, mas que fui impedida de sempre estudar por ele já que meus professores o consideram "de conteúdo nem sempre totalmente correto") são estes os grandes clássicos: http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_cl%C3%A1ssicos_da_literatura.

Ah bom, agora ficou realmente bem mais fácil saber o que é um clássico não é? Bom, eu não achei e precisei de uma descrição dada pelo meu professor Bernardo Rodrigues. Segundo ele: "os clássicos são os textos reconhecidos pela crítica e que já passaram pelo crivo do tempo (já que só o tempo ratifica a seleção da crítica). Os leitores e a linguagem sempre mudam, portanto também são formas de classificar um livro como um cânone, lembrando que este não é definitivo."

Huuummm! Resumindo: os clássicos são os livros que duram séculos e que já foram lidos por milhares de pessoas. Mas por que deveriamos ler os clássicos? Segundo Italo Calvino devemos "reler" os clássicos (já que é constrangedor nunca ter lido estes livros) pois eles perduram no nosso inconsciente, e exercem uma influência. Eles nos "provocam crítica" e nunca terminam o que tinham pra dizer... deixam sempre algo para trás por serem tão profundos. Bom, a minha justificativa é: Porque são leituras gostosas...(claro que nem todos rsrs)

Leia no momento em que sentir vontade... não leia um clássico por obrigação, porque ele não fará o menor sentido. Mas leia! Se não tem o hábito de leitura, comece por livros gostosos e de uma fácil leitura, como Harry Potter, Senhor dos Anéis e a série Crepúsculo (aaaah eu amei a série e aguardo mais livros)... Mas leia :) Esse é o meu conselho...

Fontes: www.wikipedia.com e Prof. Bernardo Rodrigues